Em Chicago, soja tenta reverter recuo e opera com leves altas

Publicado em 11/02/2014 11:02 e atualizado em 11/02/2014 16:05

O mercado internacional da soja virou de direção nesta terça-feira (11) e, por volta das 14h40 (horário de Brasília), operava em campo positivo, com altas de 1,25 a 6,25 pontos nos principais vencimentos. O mercado ainda tenta digerir os números que foram divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da tarde desta segunda-feira (10) e, assim, busca uma direção melhor definida para os preços. 

Além disso, o USDA anunciou, nesta terça-feira, a venda de 116 mil toneladas de soja para a China com entrega prevista para a safra 2014/15, o que também estimulou a recuperação do mercado. 

"O relatório foi decepcionante, principalmente sobre os estoques dos Estados Unidos que foram mantidos em 4,08 milhões de toneladas (...) Algumas apostas que foram feitas em um relatório mais altista acabam desfeitas e vemos uma pressão no mercado", disse o analista de mercado da Agrinvest, Eduardo Vanin. 

Para o analista, o boletim de fevereiro do departamento norte-americano é, tradicionalmente, mais neutro dentro da sequência dos relatórios, mas, ainda assim, exerce influência sobre os negócios. Paralelamente, afirma também que esse é um mês, sazonalmente, de preços mais fracos. 

O departamento norte-americano trouxe um aumento da produção e dos estoques mundiais, além de uma manutenção dos estoques dos EUA e do reajuste positivo na safra brasileira, que passou de 89 milhões para 90 milhões de toneladas. 

Ao mesmo tempo porém, como explica Vanin, o USDA aumentou ligeiramente as projeções para as exportações norte-americanas de soja de 40,69 para 41,1 milhões de toneladas, além de revisar para cima as importações dos EUA e também o volume de residual da oleaginosa no país. 

"Ainda temos, nesses dois números, importação e residual, algo em que o USDA pode mexer mais para frente. Mas, não ter ajustado as exportações para um número mais próximo da realidade, que é de 43 milhões de toneladas já comprometidas, o USDA espera essa troca da demanda dos EUA para a América do Sul e também uma rolagem de posições que sempre acontece de uma temporada para outra", diz. 

Fevereiro é um mês de definições para o mercado internacional da soja, com um posicionamento mais claro, principalmente, sobre o posicionamento da China frente à entrada da nova oferta sulamericana. Além disso, o mercado observa também o desenvolvimento da produção brasileira, além do programa de exportação do Brasil, que se inicia, efetivamente, nesse mês.  

Assim, aproveitando as boas altas registrada anteriormente, foram aproveitadas pelos produtores norte-americanos para uma maior fixação de suas vendas, movimento que foi iniciado na última semana. A manutenção dos basis (prêmios no mercado norte-americano) estimularam ainda mais essas operações. 

Mercado Interno - No mercado interno, além da influência do dólar, Vanin afirma que os preços também serão formados a partir da eficiência da logísita brasileira, principalmente sobre a capacidade de embarque diante da aquecida demanda chinesa.

"Essa demanda vem para o Brasil ao conseguirmos manter o tempo de espera dos navios até 30 dias, que é o que tem acontecido até o momento. No ano passado, esse tempo passava de 40 dias. Então, o Brasil conseguindo manter esse ritmo, a demanda, inevitavelmente, se voltará para o Brasil. Caso contrário, teremos problema com o encarecimento do frete, dificuldades de armazenagem", acredita o analista da Agrinvest.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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