Soja aguarda novos dados do USDA e fecha com forte alta
Nesta sexta-feira (7), à espera do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado internacional de soja fechou com forte alta na Bolsa de Chicago. Além dos fundamentos positivos já conhecidos pelo mercado, as expectativas de que o departamento norte-americano pode cortar os estoques finais de soja tanto do país quanto mundiais refletiu positivamente sobre as cotações e estimulou o avanço.
"Estamos na véspera do relatório do USDA onde cria-se um ambiente muito propício para um aperto da oferta norte-americana", diz Brandalizze. "Se espera ainda um aumento da demanda, isso vai refletir nos estoques americanos, que já estão baixos, as importações podem aumentar, os estoques mundiais deverão ser derrubados e isso vai ajudar a tentar manter novos patamares de preços, podendo buscar os US$ 15 por bushel", completa.
As expectativas do mercado sobre o relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga na próxima segunda-feira (10) traz volatilidade aos negócios. Segudno explicou Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, os investidores já tentam se preparar para os novos números e precifica parte dessas expectativas.
O mercado projeta os estoques finais norte-americanos de soja em 3,84 milhões de toneladas contra as 4,08 milhões reportadas pelo departamento no relatório de fevereiro. O número de 3,48 milhões de toneladas é equivalente ao registrado na safra 2012/13 do país.
Há a expectativa de uma redução também nos estoques mundiais de soja de 73 milhões para 71,5 milhões na safra 2013/14.
O mercado acredita ainda que o USDA poderia reduzir sua aposta para a safra brasileira de 90 milhões para 88,1 milhões de toneladas e também para a da Argentina, de 54 milhões de toneladas para 53,5 milhões.
Além dessas expectativas para o boletim do próximo dia 10, o mercado ainda continua encontrando suporte na intensa demanda pela soja norte-americana frente a estoques extremamente apertados no país. Enquanto a última estimativa do USDA para as exportações da temporada 2013/14 falam em 41,1 milhões de toneladas, o volume de produto comprometido já passa de 44 milhões. Além disso, os embarques efetivos de soja chegaram, na última semana, a 36,9 milhões de toneladas no acumulado do ano safra.
Paralelamente, há ainda problemas com a safra da América do Sul, principalmente no Brasil e no Paraguai. Condições adversas de clima provocaram perdas em ambos os países, ajustando ainda mais a situação da produção e dos estoques mundiais da oleaginosa.
A projeção da Oil World para a safra do Brasil foi reduzida para 84 milhões de toneladas, menor em 1 milhão de toneladas em relação ao reportado há uma semana e bem menor do que a estimativa da consultoria alemã para janeiro que era de 89,5 milhões de toneladas.
Além da quebra causada pelo calor excessivo e pela falta de chuvas em diversos estados, o excesso de precipitações no Mato Grosso, agravou a situação. A umidade intensa tem atrasado a colheita, há menor produtividade e a qualidade dos grãos colhidos foi severamente comprometida.
A projeção para a safra do Paraguai também foi reduzida, caindo de 9,2 milhões, há um mês, para 8,1 milhões de toneladas.
Milho: Mercado tem sessão volátil em Chicago e fecha em queda nesta 6ª feira
Por Fernanda Custódio
Na sessão regular desta sexta-feira (7), os futuros do milho fecharam do lado negativo da tabela. Apesar das baixas, o mercado chegou a operar em queda durante o dia, porém, depois de uma sessão de ligeira volatilidade, voltaram a recuar.
Segundo analistas, a situação dos conflitos na Ucrânia e as expectativas para o relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga nesta segunda-feira (10) trouxe um certo nervosismo ao negócios, com os investidores tentando se posicionar frente à essas informações.
Assim, os contratos mais negociados perderam entre 2 e 4,75 pontos, com o vencimento maio valendo US$ 4,89 por bushel. No melhor momento do pregão, alguns vencimentos chegaram a romper o patamar dos US$ 5,00. Na BM&F, as cotações também exibiram um ligeiro recuo. O maio/14 fechou o dia perdendo 0,61% valendo R$ 32,45 por saca e o setembro/14 encerrou com baixa de 0,49% a R$ 30,55.
Apesar disso, a tendência do milho ainda é de suporte para os preços tanto no mercado internacional quanto interno.
O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os fundamentos para o mercado de milho são fortes, o que dá suporte aos preços em Chicago. A crise na Ucrânia, terceiro maior exportador mundial do grão, permanece sendo observada pelo mercado. A perspectiva é que frente às incertezas no país, os compradores optem pelo produto norte-americano.
As exportações semanais de milho dos EUA, divulgadas ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ficaram acima das expectativas do mercado. Para a safra 2013/14, na semana encerrada no dia 27 de fevereiro, as exportações somaram 1.518.000 toneladas. Já para a temporada 2014/15, o número foi de 164.500 toneladas.
“As exportações norte-americanas cresceram, os chineses já estão comprando milho prevenindo um possível problema de abastecimento na Ucrânia. Situação que também reflete nos preços futuros”, explica Brandalizze.
Além disso, na Argentina, a vendas do milho seguem mais lentas, uma vez que, os produtores esperam preços melhores para negociar a produção, conforme destaca o consultor. No Brasil, as adversidades climáticas persistem em importantes regiões produtoras e atrasa o plantio da safrinha.
“Vamos ter mais de 50% da safrinha sendo plantada depois do dia 20 de fevereiro, considerada uma data limite para colher uma boa produtividade das lavouras. A safra será menor, mas ainda não sabemos o quanto”, ressalta o consultor.
Por outro lado, há a perspectiva de redução na área cultivada com o milho na próxima safra norte-americana. Diante desse cenário, alguns analistas já estimam que o novo relatório de oferta e demanda do USDA traga uma redução nos estoques finais da safra mundial 2013/14 para 156,49 milhões de toneladas, na próxima segunda-feira (10).
A demanda aquecida no mercado brasileiro frente às incertezas em relação à safra continua sendo o principal fator de suporte aos preços. “Temos mais compradores do que vendedores no mercado. O Sudeste ainda tem dificuldades em colher a safra de verão em função das chuvas. Os estados de GO, MG, SP e norte do PR também apresentam dificuldades. A safrinha é uma incerteza total hoje”, relata Brandalizze.
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salvador reis neto santa teresa do oeste - PR
se os compradores quiserem soja e eles querem e precisam, vão ter que pagar o preço e terá que ser bem melhor pois aqui na região só esta vendendo soja quem tem compromisso contas a pagar, somente 25% da soja colhida nesta safra aqui região oeste do Paraná foi vendida. paciência e vamos recuperar no preço o que foi perdido em produtividade.