Soja avança e contrato maio se aproxima dos US$ 15/bushel

Publicado em 01/04/2014 13:00

Nesta terça-feira (1), o mercado internacional de soja dá continuidade ao movimento de fortes altas iniciado ontem na Bolsa de Chicago e registra os melhores patamares de preços desde julho. O vencimento maio/14, referência para a safra brasileira, sobe mais de 1% e por volta de 12h50 (horário de Brasília), era cotado a US$ 14,89 por bushel, subindo 25,25 pontos. Mais cedo, no entanto, chegou a bater nos US$ 14,84. O contrato julho valia US$ 14,58, com alta de 29,50 pontos. Nas demais posições, o mercado suvia entre 11,75 e 13 pontos. 

Os números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda-feira (31) indicaram os estoques trimestrais de soja do país em 1º de março em 27 milhões de toneladas, o menor volume em uma década. No ano passado, nesse mesmo período, o volume havia sido de 27,2 milhões de toneladas, depois de perdas significativas ocasionadas por conta de adversidades climáticas bastante severas.

Segundo explicam analistas, o reporte indicou estoques ainda muito ajustadas para uma temporada comercial que vai até agosto deste ano. "Há uma gravidade na disponibilidade de soja norte-americana (...) O mercado, depois de duas semanas de vai e vem, definiu um rumo e confirmou novas bases altistas, em função da boa demanda interna para esmagamento na indústria e da forte demanda externa pelo produto americano", explicou Camilo Motter, analista de mercado e economista da Granoeste Corretora. 

Entretanto, analistas alertam ainda para a intensa posição comprada dos fundos nesse momento, o que poderia trazer alguma volatilidade aos negócios neste mês de abril, apesar dos fundamentos ainda muito positivos. Ao ter que liquidar suas posições, os mesmos poderiam pressionar as cotações em Chicago. Ainda assim, analistas acreditam tratar-se de momentos pontuais.  

Ao mesmo tempo, Motter alerta para o comportamento da demanda chinesa daqui para frente com a observação de algumas informações. "Há um abastecimento bastante satisfatório nesse momento na China, as compras feitas pelos chineses e desviadas para os EUA - qua ainda precisam de confirmação - a demanda por farelo de soja após os pequenos focos de gripe aviária no país, e o como ficou o apetite comprador diante desse misto desvio de compras e menor demanda interna", explica. "Precisamos observar isso com muita precisão. Eles se anteciparam muito nas compras em razão dos problemas de atraso vividos no Brasil no ano passado e é preciso, nos próximos meses, verificar se houve danos", completa. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Como podem falar de gripe aviária, menor demanda para farelo na China, quando o farelo de soja bate recorde de preços na Bolsa de Dalian, todos os dias. Por que inventam tantas historinhas horoscopianas. Nossos produtores e no mercado merece mais respeito.

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