Soja: dividido, mercado tenta manter estabilidade em Chicago
O mercado internacional da soja, nesta segunda-feira (2), registra mais uma sessão de estabilidade e movimentos pouco expressivos. Os preços continuam refletindo duas realidades, uma para curto e outra para longo prazo, e assim, por volta de 12h50 (horário de Brasília), operavam em campo misto na Bolsa de Chicago. Enquanto os primeiros vencimentos subiam entre 3,50 e 9 pontos, com o contrato julho acima dos US$ 15,00 por bushel, os mais longos perdiam pouco mais de 3 pontos.
A forte demanda pelo produto norte-americano da safra 2013/14 ainda é o principal fator de suporte para as cotações. Mesmo com estoques historicamente baixos nos Estados Unidos, o país segue registrando novas vendas e os embarques efetivos de soja já se aproximam da última estimativa do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para toda a temporada que é de 43,5 milhões de toneladas.
Confirmando esse quadro, a instituição divulgou, nesta segunda-feira (2), seu novo boletim sobre os embarques indicando um volume de 156,364 mil toneladas para a semana encerrada no último dia 29. O número não é tão grande, porém, é maior do que o da semana anterior - de pouco mais de 90 mil toneladas - e, além disso, ainda elevou o acumulado do ano safra para 42.117,342 milhões de toneladas.
A situação de uma escassez severa, no entanto, já é conhecido pelo mercado e pelos investidores, o que acaba limitando o potencial de alta dos preços em Chicago. Paralelamente, o mercado é pressionado ainda pelas boas perspectivas da nova safra norte-americana e pelo andamento em bom ritmo do plantio no Meio-Oeste dos EUA, principal região produtora de grãos do país.
Também nesta segunda-feira, o USDA traz a atualização dos trabalhos de campo nos Estados Unidos às 17h (horário de Brasília), porém, as expectativas para os números frente a um final de semana de clima favorável, segundo analistas, também já pesa sobre o mercado.
O último boletim informou que, até o domingo passado (25), cerca de 59% da área prevista para a soja já havia sido plantada, o que mostrou um número bem acima da média dos últimos cinco anos, que é de 41%.