Soja opera no vermelho em Chicago com foco na nova safra dos EUA

Publicado em 09/07/2014 12:16

Nesta quarta-feira (9), o mercado da soja na Bolsa de Chicago registra seu oitavo pregão consecutivo de baixa. As perdas nesta sessão, porém, são menos intensas do que as registradas no início da semana e, por volta das 11h50 (horário de Brasília), as perdas nos vencimentos mais negociados, variavam entre 3 e 7,25 pontos. O contrato agosto/14 era cotado a US$ 12,45 por bushel e o novembro, referência para a nova safra norte-americana, era negociado a US$ 11,09. 

O foco dos investidores e participantes do mercado, nesse momento, é no atual cenário de clima favorável nos Estados Unidos, que fortalece as expectativas de uma safra recorde no país, segundo explicou o economista e analista Camilo Motter, da Granoeste Corretora.De acordo com informações da agência norte-americana DTN, as temperaturas no Meio-Oeste na próxima semana deverão ser adequadas, evitando qualquer dano às lavouras recém implantadas. Além disso, algumas chuvas esparsas deverão manter os bons níveis de umidade do solo. 

Esse quadro, de tempo quente e úmido deve contribuir para as lavouras de soja, que entram em fase reprodutiva, e pode confirmar os altos índices de produtividade que vêm sendo discutidos e projetados por consultorias públicas e privadas. "Agora, mais importante do que os estoques, é a questão climática que deve vigorar para essa nova safra que está no campo. Os Estados Unidos estão plantando uma safra recorde, estão usando a melhor tecnologia, mas precisam de clima para uma produção acima das 100 milhões de toneladas", explicou Motter.

Na próxima sexta-feira (11), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo reporte mensal de oferta e demanda e as expectativas do mercado são de que haja um ligeiro aumento nas estimativas para os estoques finais tanto da safra velha quanto da safra nova. Ainda segundo o analista, espera-se, para a temporada 2013/14, estoques entre 3,5 e 3,6 milhões de toneladas e, para a 2013/14, algo entre 10 e 11 milhões de toneladas. As projeções de junho, porém, foram de 3,4 milhões e 8,85 milhões de toneladas, respectivamente. 

Paralelo ao aumento da produção nos Estados Unidos e da possibilidade de um incremento também na colheita da América do Sul, há ainda o aumento da demanda. E logo mais, portanto, os negócios deverão dividir seu foco com esses dados. O consumo global da oleaginosa, segundo analistas, deve aumentar expressivamente, porém, sua movimentação merece atenção, já que poderiam amenizar o impacto da chegada dessas novas grandes safras. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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