Soja supera os R$ 58 em Rio Grande com alta do dólar e ganhos na CBOT

Publicado em 02/10/2014 17:50 e atualizado em 02/10/2014 18:42

O dólar fechou mais uma vez em alta nesta quinta-feira (2). Depois de uma sessão bastante volátil, a moeda norte-americana fechou o dia com ganho de 0,28% a R$ 2,49, mas na máxima da sessão chegou a encostar nos R$ 2,50. Assim, com esse cenário e mais um fechamento positivo na Bolsa de Chicago, o mercado interno brasileiro foi mais uma vez favorecido e os preços registraram ganhos tanto no porto de Rio Grande quanto em algumas praças do interior do país. 

O preço da soja para entrega em maio de 2015 fechou o dia a R$ 58,20 por saca no porto gaúcho, com alta de 1,22%, já a soja disponível registrou uma valorização de 0,83% e terminou os negócios a R$ 60,50. Em Paranaguá, a soja futura encerrou a quinta-feira estável a R$ 56,50, com indicações chegando a R$ 57,00. 

Em Não-Me-Toque/RS, o preço subiu 0,96% e ficou em R$ 52,50; em Cascavel 0,92% para R$ 55,00 e nas demais praças consultadas pelo Notícias Agrícolas, o mercado se manteve estável, segundo informações de cooperativas e sindicatos rurais. Em Tangará da Serra/MT, por exemplo, o valor ficou em R$ 54,00 e em São Gabriel do Oeste/MS, em R$ 55,00. 

Os bons prêmios praticados nos portos brasileiros seguem atuando como um fator a mais para amenizar a referência mais baixa em Chicago este ano. Sobre o vencimento novembro/14, o prêmio em Paranaguá é de 94 cents de dólar sobre o valor praticado em Chicago, para março/15 81 cents e maio/15 de 60 cents. 

Esses prêmios positivos e mais altos do que os registrados há algumas semanas e, principalmente em relação aos valores praticados há um ano, nesse mesmo período de colheita norte-americana, sinalizam que continua forte o interesse dos compradores internacionais. 

No entanto, as vendas antecipadas, principalmente no Brasil, continuam travadas e, segundo analistas, mesmo com esses prêmios, os produtores ainda não se sentem estimulados a voltarem ao mercado de forma significativa. A situação se repete nos Estados Unidos e por lá os prêmios também estão positivos e firmes. 

A consultoria Safras & Mercado divulgou um novo balanço nesta quinta-feira mostrando que os produtores brasileiros negociaram até o dia 1º de outubro 12% da safra 2014/15 de soja. Em 2013, nesse mesmo período, o índice de comercialização era de 31%. Da safra 2013/14, 91% já estão comercializados. 

Altas em Chicago

Na Bolsa de Chicago, a sessão desta quinta-feira também foi de fechamento positivo. Os principais vencimentos fecharam o dia com altas de 7,25 a 8 pontos e o vencimento maio/15, referência para a nova safra brasileira, ficou cotado em US$ 9,49 por bushel. 

A notícia, segundo analistas, que impulsionou os ganhos deste pregão foi a de previsão de chuvas para o próximo dia no Meio-Oeste norte-americano, que poderiam atrasar a colheita em importantes regiões produtoras. 

"As previsões para os próximos 6 a 8 e 10 a 14 dias mostram intensificação das chuvas em regiões onde as lavouras chegam no ponto de colheita e chuvas nesse momento é tudo que não poderia acontecer para a produção no campo que está em bom estado. E há previsão também de queda acentuada de temperatura para a semana que vem, portanto, clima volta a cena como elemento muito importante nesse momento de conclusão da safra", explica o analista de mercado e economista Camilo Motter, da Granoeste Corretora. "Na medida em que se te clima mais frio e chuvoso, as lavouras mais tardias podem registrar perdas de produtividade também", completa. 

O clima no Brasil também está sendo acompanhado com atenção. As chuvas mal distribuídas, com excesso no sul do país e falta de precipitações em algumas regiões do Centro-Oeste e Sudeste, configuram um quadro de atraso do plantio da nova safra brasileiro nesse início de temporada. 

Nos links abaixo, confira a íntegra da entrevista de Camilo Motter e as cotações da soja nesta quinta-feira:

>> Camilo Motter - Analista da Granoeste

>> MERCADO DA SOJA

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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