Com clima adverso e demanda firme, soja tem forte alta em Chicago

Publicado em 21/10/2014 13:23

As boas perspectivas sobre a demanda mundial e as condições de clima ainda incertas trazem estímulo ao mercado internacional da soja e os principais vencimentos da oleaginosa, por volta das 13h50 (horário de Brasília), subiam mais de 16 pontos na sessão regular da Bolsa de Chicago. 

Os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda-feira (20) mostraram que os embarques norte-americanos, no acumulado do ano, já somam mais de 5 milhões de toneladas das 46,270 milhões de toneladas estimadas para serem exportadas em toda a temporada 2014/15. No entanto, o volume de soja comprometido dessa nova safra dos EUA já supera as 29 milhões de toneladas, ou seja, mais de 60% do total projetado pelo departamento. 

Segundo analistas internacionais ouvidos pela agência de notícias Bloomberg, esses preços mais baixos tornam-se mais atrativos para os compradores. "Nós temos visto bons volume de soja sendo embarcados nas últimas semanas. O mercado realmente quer essa soja e está brigando por ela", disse o editor sênior e analista de mercado do portal Farm Futures, Bryce Knorr. 

Desde o início do ano, os preços da soja recuaram cerca de 27% diante das expectativas de uma grande safra nos Estados Unidos, estimada pelo USDA em seu último boletim de oferta e demanda, na casa de 106,88 milhões de toneladas. No entanto, as condições de clima nos Estados Unidos das últimas semanas provocaram um atraso significativo na colheita dessa produção. 

Chuvas excessivas impediram o avanço dos trabalhos de campo e, segundo dados do último reporte de acompanhamento de safras divulgado pelo departamento norte-americano, até o último domingo (19), apenas 53% da área de soja no país já haviam sido colhidos. A média para esse período, porém, é de 66% e as expectativas do mercado variavam de 55 a 60%. 

Esse atraso na colheita deverá acarretar, portanto, a chegada mais tardia dessa nova oferta ao mercado e isso estimula também, ainda segundo analistas ouvidos por agências internacionais, um movimento de compras, inclusive por parte dos fundos. Ao mesmo tempo, os produtores, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, seguem relutantes em voltar às vendas. Assim, no mercado norte-americano, o volume de produto disponível fica ainda mais  apertado e acaba incentivando os avanços dos preços.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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