Soja retoma força, foca no farelo e opera com boas altas em Chicago
Os preços da soja retomaram a força na Bolsa de Chicago e voltaram a subir expressivamente na sessão desta quinta-feira (13). Depois de começar o dia com os negócios mais calmos, por volta das 13h10 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam mais de 16 pontos e o contrato janeiro batia nos US$ 10,64. Ao mesmo tempo, os preços do farelo também subiam bem em Chicago, com gahos de 6 a 10 pontos nas posições mais negociadas.
Segundo explicou o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, o momento de força e firmeza para o mercado do farelo é o que tem sustentado os ganhos do complexo soja na Bolsa de Chicago. A demanda pelo subproduto da oleaginosa nos Estados Unidos está muito aquecida, a capacidade de esmagamento do país está completamente tomada e, ao mesmo tempo, a estrutura logística tem sido insuficiente para que a distribuição do derivado aconteça de forma adequada e dentro da necessidades dos compradores.
Ontem, o mercado foi pressionado pelos rumores de que os Estados Unidos teriam importado alguns cargos de farelo da Argentina diante dos elevados preços do produto internamente, os quais estariam viabilizando as compras externas. "Os preços do farelo é o que tem suportados os preços do complexo soja e o ponto em que o mercado tem que trabalhar agora é na migração da demanda, pelo menos na exportação, dos EUA para outros esmagadores, a exemplo do Brasil e da Argentina", acredita Vanin.
Além das já conhecidas notícias sobre a demanda, os investidores observam agora as previsões climáticas indicando um inverno bastante rigoroso nos Estados Unidos, o que deverá impulsionar a demanda por alimentaçã animal no país.
Uma massa de ar ártico trará as temperaturas para 40 graus a menos do que o normal para as regiões centro e norte dos EUA esta semana, de acordo com o Serviço Nacional de Clima do país. Dessa forma, os animais que seguem para o confinamento irão necessitar de mais energia para se manterem aquecidos, o que deverá fazer com que os produtores, principalmente os granjeiros, aumentem seus estoques de ração - que tem como base o farelo de soja e milho.
Além disso, o mercado aguarda ainda pelo novo boletim semanal de vendas para exportação que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga somente nesta sexta-feira (14), já que foi adiado de hoje para amanhã, em função de um feriado nos EUA na próxima segunda, dia 17 de novembro.
0 comentário

Soja: Colheita alcança 27,2% da área e segue atrasada em relação aos últimos anos

Soja sobe na CBOT, enquanto preços têm estabilidade no BR com baixa do dólar e prêmios em alta

Vale do Araguaia pode tornar Goiás o 3º maior produtor de grãos do País

Soja sobe forte em Chicago nesta 6ª feira, na carona da disparada de quase 4% do trigo

Bahia identifica, tardiamente, primeiro caso de ferrugem na soja da safra 24/25

Colheita da soja e plantio da safrinha de milho em MT seguem atrasados por conta do excesso de chuvas