Soja: Mercado tem sessão de intensa volatilidade em Chicago com pressão do clima nos EUA e movimentos técnicos

Publicado em 19/08/2015 12:04

O mercado da soja virou a direção na sessão desta quarta-feira (19) e voltou a recuar de forma significativa na Bolsa de Chicago. Por volta de 13h40 (horário de Brasília), as cotações dos principais vencimentos perdiam mais de 10 pontos, com o contrato novembro/15 operando abaixo dos US$ 9,00 por bushel. Os futuros da oleaginosa até tentaram exibir quedas mais amenas, porém, o pregão está sendo marcado por intensa volatilidade, acentuada por movimentos mais intensos de compra e venda por parte dos fundos. Depois da ligeira recuperação da manhã e de uma sessão de calmaria e estabilidade, as cotações voltaram, portanto, a operar do lado negativo da tabela.

Além dos fatores já conhecidos pelo mercado nos últimos dias, principalmente a espera pela conclusão da nova safra dos EUA e o mercado financeiro incerto sobre a economia da China - com a confiança dos investidores ainda abalada depois das últimas medidas do governo - o clima no Meio-Oeste americano complementa o quadro para o andamento dos negócios. 

"Chuvas moderadas estão se formando no leste do Meio-Oeste americano e algumas mais fortes estão se movendo para as Planícies do Sul, e estes são os primeiros itens de atenção do mercado na questão do clima para o mercado de commodities nesta quarta-feira", disse Bryce Anderson, agrometeorologista e analista do site internacional DTN. 

Ainda de acordo com Anderson, esse sistema de chuvas para o Corn Belt é favorável para, principalmente, os níveis de umidade dos solos onde soja e milho estão na fase de enchimento de grãos nos EUA. 

Para Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, o mercado continua a sentir ainda o impacto de movimentos técnicos, principalmente pela atuação dos fundos. 

"No caso da soja, temos um movimento técnico. O mercado está testando o fundo do poço. O novembro/15 permanece testando os US$ 9,00/bushel", diz. 

Preços nos portos

Nos portos do Brasil, os preços sentem o impacto da desvalorização em Chicago de forma mais amena com a alta do dólar nesta quarta-feira - a moeda americana subia quase 1% por volta de 12h40 (Brasília), valendo R$ 3,508 - e com os prêmios nos portos em patamares elevados. Em Paranaguá, por exemplo, as posições agosto e setembro/15 têm US$ 1,00 sobre os valores praticados em Chicago e, para março/16, eram 35 cents de dólar. 

Assim, no terminal paranaense, a soja disponível era cotada a R$ 77,50 por saca, enquanto a da safra nova valia R$ 76,00. Em Rio Grande, esses valores eram de R$ 77,00 e R$ 77,10, respectivamente. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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