Soja amplia ganhos em Chicago na sessão desta 3ª e preço da safra nova vai a R$ 83 em Rio Grande

Publicado em 15/09/2015 12:51

O mercado internacional da soja segue testando o lado positivo da tabela na Bolsa de Chicago e vem ampliando seus ganhos na sessão desta terça-feira (15) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa subiam entre 6,75 e 8,25 pontos nos principais vencimentos, por volta de 12h (horário de Brasília), após iniciar o dia trabalhando com estabilidade. Assim, o contrato maio/16, referência para a safra brasileira, vinha cotado a US$ 8,97 por bushel. 

Os negócios na CBOT continuam refletindo uma tentativa do mercado de consolidar uma recuperação depois das baixas recentes. "Os futuros da soja estão lutando para manter essas leves altas depois que o contrato novembro registrou um rally e levou as cotações às suas máximas em três semanas", explica Bryce Knorr, analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures. 

E com um dia positivo para os preços em Chicago e uma retomada também do dólar - que fechou em baixa nesta segunda-feira - as cotações da oleaginosa no mercado brasileira também mantinham patamares importantes. Apesar disso, os negócios seguiam ainda parados e com os vendedores retraídos, à espera de uma melhor definição, principalmente, da taxa cambial. 

Em Paranaguá, tanto a soja disponível quanto a da safra nova se mantinham estáveis com valores de R$ 82,00 e R$ 80,00 por saca. Já no terminal de Rio Grande, a disponível valia R$ 82,50, com ligeira baixa de 0,60%, enquanto a futura subia 1,22% para R$ 83,00 por saca. Ao mesmo tempo, o dólar registrava um ganho de 1,13% para R$ 3,865. 

Bolsa de Chicago

Além da tentativa de recuperação das cotações da soja em Chicago, o mercado internacional refletia ainda, também de acordo com analistas, os últimos números do boletim semanal de acompanhamento de safras trazido nesta segunda-feira (14) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) depois do encerramento do pregão. O reporte mostrou uma redução de 63% para 61% no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições e acabou surpreendendo. 

Ainda assim, a última projeção do departamento norte-americano é de uma grande safra que poderia chegar a 107 milhões de toneladas. Entretanto, ainda de acordo com analistas, o ajustado quadro de oferta e demanda da temporada 2014/15 vem ganhando um pouco mais de peso nas últimas sessões, dando suporte às cotações. Os estoques finais reportados pelo USDA na última sexta (11) foram novamente reduzidos - para 5,7 milhões de toneladas - e a informação foi bem recebida pelos traders. 

Para o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, o mercado está observando a conclusão da safra norte-americana para confirmar, principalmente, se a produtividade esperada de 47 bushels por acre será alcançada. 

"Conforme a colheita nos EUA vai se desenvolvendo e as primeiras produtividades forem sendo registradas em maior volume, veremos se o USDA errou ou acertou (...) E quando a safra entrar, a pressão inicial deve acomodar os preços e pode haver essa baixa, mas nada de extraordinário, e depois o mercado se estabiliza", diz. 

Ainda nesta terça, o mercado espera pela atualização dos números da NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas) sobre o esmagamento de soja nos EUA e as expectativas do mercado são de um volume de 3,67 milhões de toneladas para o mês de agosto. 

Por outro lado, a influência do mercado financeiro ainda exige atenção. Nesta terça, as bolsas chinesas voltaram a cair de olho na saúde da economia do país. Somente nesta semana, o mercado acionário da China já acumula uma baixa de 6%. Além disso, há ainda a reunião do Federal Reserve (o banco central americano) acontecendo nesta semana e as expectativas dos investidores sobre um possível aumento na taxa de juros nos EUA, o que também poderia ser um fator de pressão sobre as cotações. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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