Soja tem realização de lucros em Chicago às vésperas do USDA; no BR, prêmios fecham com boa alta

Publicado em 08/10/2015 16:52

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão desta quinta-feira (8) em campo negativo na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas terminaram o dia com baixas de 8,50 a 9,75 pontos, levando o contrato novembro/15, referência para a safra norte-americana, a US$ 8,81 por bushel. Já o maio/16, referência para a safra do Brasil, ficou em US$ 8,94. 

O mercado, depois de operar em alta nos dias anteriores, optou pela realização de lucros neste pregão de véspera do novo relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Ao longo da semana, com o objetivo de estarem bem posicionados, os traders foram antecipando algumas boas estimativas para um boletim altistas nesta sexta-feira e, na sequência, devolveram parte destes ganhos, como explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. 

"O mercado liquidou porque uma nova onda surgiu nos EUA de que o USDA é bastante conservador, vai mudar pouco nesse próximo relatório e deixar as mudanças mais forte para novembro. Em função dessa situação, o mercado acabou promovendo essa liquidação técnica, esse movimento técnico de véspera", explica Brandalizze. 

Expectativas para o USDA

O mercado internacional trabalhou com as informações de 24 consultorias privadas para trazer as expectativas para o novo relatório do USDA e as médias esperadas indicam uma revisão para baixo nos índices de produção, produtividade e estoques finais dos EUA nesta temporada 2015/16 em relação aos números de setembro. 

A nova safra norte-americana de soja está sendo estimada para algo entre 97,7 milhões e 108,56 milhões de toneladas, com média de 105,74 milhões. Em setembro, a colheita foi projetada pelo USDA em 107,09 milhões. O rendimento médio esperado para a soja é de 53,17 sacas por hectare, ligeiramente abaixo das 53,4 estimadas em setembro. As expectativas dos traders variam de 48,75 a 54,42 sacas por hectare. 

Já os estoques finais, sempre tão especulados, trabalham com um amplo range de projeções, o qual varia de 3,4 milhões a 13,91 milhões de toneladas, e média de 10,83 milhões. No reporte de setembro, os números vieram em 12,25 milhões de toneladas. No quadro mundial, o volume esperado fica entre 82 milhões e 86,5 milhões de toneladas, com média de 84,6 milhões. Em setembro, os estoques vieram em 85 milhões de toneladas e, na temporada 2014/15, foram de 78,7 milhões de toneladas. 

Sobre a área plantada nos EUA nesta temporada, as expectativas são de 33,27 milhões a 33,99 milhões de hectares, com média de 33,55 milhões e frente aos 33,79 milhões estimados em setembro. 

Mercado Brasileiro

Nesta quinta-feira, os prêmios praticados no porto de Paranaguá para as principais entregas de soja subiram mais de 20% e foram, ainda segundo explicou Vlamir Brandlizze, o principal suporte para os preços da soja no Brasil em um dia de combinação de dólar e Bolsa de Chicago em queda. 

Os negócios, como relatou Brandalizze, seguem, mas pontualmente e em um ritmo que permanece bem mais lento do que em semanas anteriores. O mercado ainda é bastante comprador, a demanda é forte, porém, A instabilidade do câmbio e a volatilidade típica da semana no mercado internacional por conta da espera pelo USDA limita o interesse do produtor brasileiro em voltar às vendas nesse momento. 

Nesse cenário, a soja disponível terminou o dia com R$ 81,50 no terminal de Paranaguá, e com R$ 83,00 no de Rio Grande, com alta de 0,62% e baixa de 0,95%, respectivamente. Já no mercado a futuro, os preços finais foram de R$ 81,00 e R$ 80,20 por saca, ainda 1,22% e 2,67%, nos portos paranaense e gaúcho. No interior do país, mais um dia de falta de direção entre as cotações. Enquanto as praças do Paraná recuaram, no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul avançaram. Os demais estados, como Mato Grosso e Goiás, tiveram estabilidade. 

Veja como fecharam as cotações completas nesta quinta-feira:

>> MERCADO DA SOJA

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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