Soja segue operando em baixa na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira após números do USDA

Publicado em 13/10/2016 08:02

O mercado internacional da soja dá continuidade ao movimento negativo registrado na sessão anterior e opera em baixa na manhã desta quinta-feira (13) na Bolsa de Chicago. Os futuros da commodity cediam entre 3,50 e 3,75 pontos, com os dois primeiros contratos - novembro/16 e janeiro/17 - ainda operando abaixo dos US$ 9,50 por bushel. 

Os preços seguem ainda digerindo o reporte mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou ontem (12). Apesar de poucas novidades e de números dentro do esperado, a safra norte-americana foi revisada para cima - agora sendo esperada em pouco mais de 116 milhões de toneladas - bem como a produtividade e os estoques do país. 

Para equilibrar, porém, foram elevadas ainda as exportações de soja dos EUA para mais de 55 milhões de toneladas, o que confirma a boa demanda pelo produto norte-americano e ainda dá um suporte importante para as cotações. 

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Aos poucos, os traders internacionais vão direcionando suas atenções ao desenvolvimento do plantio na América do Sul, e principalmente às condições climáticas em que se desenvolve. " A safra da América do Sul tem relevância muito grande na oferta  mundial, com volume significativo, impactando nos preços  de Chicago", explica Stefan Tomkiw, analista de mercado da Société Genéralé, de Nova York, em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

Sobre a safra sul-americana, o USDA aumentou sua estimativa para a produção brasileira para 102 milhões de toneladas, enquanto manteve a safra da Argentina projetada em 57 milhões. 

Veja como fechou o mercado em Chicago nesta quarta-feira:

Soja: Com revisão da safra dos EUA pelo USDA, Bolsa de Chicago fecha em queda nesta 4ª feira

Por Sandy Quintans

As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa na sessão desta quarta-feira (12), após o reporte do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O pregão foi marcado por volatilidade, com cotações sendo registradas nos dois lados da tabela. 

O contrato dezembro/16 perdeu 8,25 pontos na sessão e encerrou cotado a US$ 9,46 por bushel, assim como janeiro/17 que fecha o dia a US$ 9,53 por bushel.  O vencimento março/17 teve desvalorização de 7,75 pontos e negociação a US$ 9,60 por bushel. Já maio/17 encerra a US$ 9,67 por bushel.

O analista de mercado da Société Générale, Stefan Tomkiw, explica em entrevista ao Notícias Agrícolas, que o relatório do USDA divulgado não trouxe novidades ao mercado, que já esperava a revisão positiva da nova safra norte-americana. O número subiu de 114,33 milhões para 116,18 milhões de toneladas, enquanto os estoques passaram para 10,75 milhões de toneladas, contra as 9,93 milhões projetadas no mês anterior.  

Além disto, os dados de exportações também foram revisados para a cima, diante das informações de demanda aquecida nas últimas semanas. Com isso, os embarques de soja norte americana passam de 54,02 milhões do boletim anterior para 55,11 milhões de toneladas na safra 2016/17. 

Ainda hoje, o USDA chegou a reportar vendas para a China, confirmando o bom momento para a demanda pela commodity. O boletim apontava para 115 mil toneladas da safra 2016/17. Para Tomkiw, os dados de demanda têm sido um dos fatores que tem dado sustentação aos preços em Chicago, visto que o mercado vem consolidando os números da grande safra norte-americana.

Além disto, às atenções começam a se voltar para o desenvolvimento da safra na América do Sul, que está em período de plantio. Apesar das perspectivas climáticas, o mercado ainda segue otimista em relação a nova safra sul-americana e espera mais informações em relação ao desenvolvimento. " A safra da América do Sul tem relevância muito grande na oferta  mundial, com volume significativo, impactando nos preços  de Chicago", explica Stefan.

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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