Soja: Preços no porto de Rio Grande sobem mais de 1% com altas do dólar e em Chicago nesta 2ª

Publicado em 22/05/2017 13:23

Com o dólar em alta e os futuros da soja na Bolsa de Chicago, a segunda-feira (22) parece bastante favorável para a formação dos preços da soja no mercado brasileiro. Por volta de 12h55 (horário de Brasília), os principais contratos subiam enter 6 e 6,50 pontos - ampliando suas altas em relação às observadas mais cedo - e o contrato julho/17 era negociado a US$ 9,59 por bushel. 

Ao mesmo tempo, com alta de 1,21%, a moeda americana era cotada a R$ 3,291, ainda refletindo a crise política no Brasil. Após as últimas delações, está em xeque a governabilidade do presidente Michel Temer e o desenrolar não só da cena política e das reformas que vinham sendo propostas, mas também da economia nacional, voltam a ser rondadas por incerteza e motivam a desvalorização da divisa local. 

"O maior risco para o mercado é Temer continuar e não ter governabilidade, não conseguir aprovar as reformas", afirmou o operador da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado à agência de notícias Reuters. "Há ainda preocupação com eleição direta, por causa do risco de entrar algum partido que não dê prosseguimento às reformas", acrescentou ele. 

Assim, no porto de Rio Grande, a soja disponível já chegava aos R$ 71,30 - com uma alta de 1,86% em relação ao fechamento da última sexta-feira (19). Para final de maio do ano que vem, a soja da safra nova era negociada a R$ 75,20, subindo 1,62%. 

Bolsa de Chicago

De acordo com analistas internacionais, as previsões que seguem mostrando um tempo ainda bastante úmido nos Estados Unidos durante o plantio da nova safra atua no centro das atenções dos traders. 

"A movimentação é relativamente boa com mais de 15 mil contratos sendo negociados durante a noite. Na máxima, o mercado chegou a trabalhar a US$ 960,75 com quase 8 centavos de alta", explica o analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group, de Genebra. 

Ao lado desse fator, porém, a alta do petróleo - tanto em Londres, quanto em Nova York - também contribui. A commodity subia, em ambas as bolsas, quase entre 0,7% e 0,9% na tarde de hoje. A Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) se reúne nesta segunda, novamente, para decidir sobre uma possível redução na produção.  

"O petróleo influencia as commodities agrícolas pois óleo de soja e milho são insumos para produção de biocombustíveis. Se o preço do petróleo sobe, sobe também o diesel e a gasolina, dando competitividade para os biocombustíveis", explica Biegai.

O analista lembra ainda que, graficamente, o contrato julho/17 já deixou o seu 'canal de alta' que vinha sendo observado no início da semana anterior, movimento confirmado após a forte queda dos preços seguida das mais recentes delações premiadas no Brasil, que fizeram o dólar explodir, em um só dia, mais de 8% frente ao real.

O mercado internacional recebe, também nesta segunda-feira, novos números do USDA no relatório semanal de embarques de grãos - os quais ficaram dentro das expectativas e totalizaram 348,535 mil toneladas. Já o novo boletim de acompanhamento de safra chega às 17h (Brasília), após o fechamento do pregão, com os índices de plantio atualizados. 

O mercado aposta em 85% da área de milho já plantada, contra 71% da semana anterior, e 56% na soja, frente aos 32% do último reporte.  

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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