Soja: Mercado em Chicago segue operando abaixo dos US$ 9,40 no julho e no novembro, por Miguel Biegai

Mercado de soja na bolsa de Chicago opera em baixa na madrugada desta sexta-feira. O contrato de julho/17 vai sendo negociado em US$ 937,50 com recuo de 2 pontos em relação ao fechamento de quinta. A movimentação no noturno está um pouco acima da média, com 12 mil contratos negociados até o momento na tela spot. 

O contrato de novembro opera exatamente com o mesmo preço, a US$ 9,3750 também. Ou seja, o spread (diferença) entre julho e novembro está “even” (zero),  o que é uma situação um pouco rara no mercado. Historicamente, o contrato de julho tende a ser mais caro do que o contrato de novembro, por conta da sazonalidade. O julho representa um contrato de entressafra, e o contrato de novembro representa um período de grande oferta de safra recém-colhida. 

O contrato driver do mercado (julho/17) ontem fechou abaixo do suporte dos US$ 9,40, e encerrou curiosamente em US$ 939,50, apenas meio centavo abaixo do suporte. Com isso, o julho teve o seu fechamento mais baixo desde 07 de abril de 2016. A mínima histórica do contrato é US$ 8,77, ocorrida em 24/08/2015.

Pesou sobre os preços da soja: 1) uma relativa melhora das previsões climáticas; 2) a forte queda do petróleo (chegou a cair 5%); 3) e a alta do dólar em relação ao real. Ou seja, nenhuma noticia altista e somente noticias baixistas. 

Nesta sexta, é possível que o mercado não tenha grandes oscilações, porque é feriado nos Estados Unidos na segunda-feira (Memorial Day), e normalmente os operadores não apostam muito antes de um final de semana prolongado. Na verdade, é possível que alguns operadores resolvam comprar um pouco para se proteger de alguma mudança mais forte nas previsões climáticas durante os 3 dias em que o mercado vai ficar parado.

Graficamente, a situação do julho/17 está periclitante. Só retoma o suporte de US$ 9,40 se fechar acima desse nível de forma convincente, com alta de 7 a 10 pontos e bom volume de negócios.