Brasil negocia mais de 200 mil t de soja nesta 3ª feira com melhora dos preços nos portos

Publicado em 06/06/2017 18:03

Nesta terça-feira (6), o Brasil negociou - segundo relatos de consultores e analistas de mercado - entre 200 mil e 300 mil toneladas de soja diante de uma melhora observada nas cotações registradas nos portos nacionais. 

A puxada dos preços em Chicago - com o julho superando os US$ 9,30 nos melhores momentos do pregão - e o dólar próximo dos R$ 3,30, apesar da baixa de hoje criaram condições melhores para a formação dos preços e trouxe os produtores brasileiros de volta a novos negócios. A moeda americana fechou em R$ 3,27, caindo 0,35%. 

Para o produto disponível, o último indicativo em Rio Grande foi de R$ 69,20, com alta de 1,02%, e de R$ 69,50 por saca em Paranaguá, onde o preço subiu 0,72%. Para a referência julho, os melhores momentos bateram em R$ 70,50 nos terminais brasileiros. 

"Além disso, os prêmios também contribuem e estimulam novos negócios", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "E se o mercado em Chicago conseguir retomar os US$ 9,50, com os atuais prêmios - de 60 a 70 cents de dólar sobre a CBOT - os preços podem passar dos R$ 70,00", complementa. 

Brandalizze afirma ainda que os produtores brasileiros têm acompanhado as recomendações e aproveitado para realizar alguns fechamentos nos atuais momentos de alta dos preços. "E é importante que ele faça isso para dar movimento ao ano comercial. Ainda não se pode esperar uma disparada dos preços, então, ele tem que ir fazendo negócios nos momentos de alta", diz. 

No interior do país, a terça-feira também foi de bons ganhos. Entre as principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, as altas superaram 1% e os indicativos ficaram entre R$ 52,00 e R$ 67,00 por saca. 

No link abaixo, confira os preços na íntegra:

>> COTAÇÕES DA SOJA

Mercado Internacional

No pregão desta terça, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam  com altas de 1,50 a 2 pontos. Ao longo do dia, porém, os ganhos passaram de 10 pontos entre as posições mais negociadas. 

Como explicou Vlamir Brandalizze, o mercado internacional se foca nas condições de clima do Meio-Oeste americano, cada vez de forma mais intensa, e já se preparando para a chegada do novo reporte mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no dia 9.

Assim, com "apelo nos fundamentos, o mercado sinalizou que parte dos grandes investidores (fundos) estariam trocando posições vendidas por uma retomada no lado de cima e assim passando para alguma parre comprada", diz o consultor. 

Entre os números que chegam do USDA nesta sexta-feira, Brandalizze chama a atenção para as exportações norte-americanas. O volume já comprometido é recorde, passa de 58 milhões de toneladas e supera em quase 3 milhões de toneladas a última projeção do USDA. 

"É hora de o USDA fazer uma mudança e trazer os números para a realidade, a realidade do movimento das cargas", salienta o consultor. E para ele, uma mudança nestes números, aliada a uma mudança nos estoques americanos e no clima no Corn Belt poderiam tirar os preços do intervalo de US$ 9,20 a US$ 9,80 que têm trabalhado desde meados de fevereiro. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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