Focada nos números do Crop Tour, soja registra ligeira alta no pregão desta 4ª feira em Chicago

Publicado em 23/08/2017 18:07

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A sessão desta quarta-feira (23) foi de ligeira alta aos preços da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Durante o pregão, as cotações da oleaginosa reduziram as valorizações e encerraram o dia com ligeiros ganhos entre 0,50 e 1,50 pontos. O contrato novembro/17 era cotado a US$ 9,38 por bushel, enquanto o janeiro/18 trabalhava a US$ 9,46 por bushel.

De acordo com dados da Granoeste Corretora de Cereais, as cotações encontraram suporte na decisão do governo dos EUA de taxar as importações de biodiesel da Argentina e da Indonésia. "A firmeza do óleo deu sustentação ao grão", destacou a corretora.

Porém, as valorizações foram limitadas pela informação de cancelamento da compra de 640,9 mil toneladas de soja americana negociada para a China. O volume deveria ser entregue na temporada 2016/17. Embora seja um volume expressivo, o analista de mercado da De Baco Corretora de Mercadorias, Marcelo De Baco, reforça que esse é um movimento natural nessa época do ano.

O departamento ainda divulgou a venda 295,2 mil toneladas do grão para destinos desconhecidos. Do total, 11,2 mil toneladas deverão ser entregues na campanha 2016/17 e o restante, de 284 mil toneladas, no ciclo 2017/18.

Além disso, De Baco ainda reforça que o foco dos participantes do mercado está nos números do Farm Journal Midwest Crop Tour, renomado tour que acontece anualmente no Meio-Oeste dos EUA. Nesta quarta-feira, as equipes trouxeram importantes dados dos estados de Illinois e Iowa.

A contagem de vagens em espaços de 3x3 pés (ou, aproximadamente, 1m²) está abaixo do registrado em 2016 e também da média dos últimos três anos. Em Illinois, a média foi de 1.049 vagens em espaços de 3x3 pés e em Iowa, 1,277.90 em espaços de 3x3 pés.

O comportamento do clima no Meio-Oeste também continua no radar dos participantes do mercado. "As previsões climáticas para os próximos 15 dias diminuem os totais pluviométricos nos mapas para quase todo o Cinturão Agrícola. A rodada de chuvas pesadas em agosto parece ter finalizado", destacou a Ag Resource Brasil em seu comentário diário.

Leia mais:

>> Em Illinois e Iowa, rendimento do milho deve ser menor desta safra

Mercado brasileiro

No Brasil, o dia foi de ligeiras movimentações nos preços da soja, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho foi de 1,82%, com a saca a R$ 56,00. Já no Oeste da Bahia, a valorização ficou em 1,17%, com a saca a R$ 58,00.

No Porto de Paranaguá, a saca disponível subiu 0,72% e encerrou o dia a R$ 70,00. O preço futuro também registrou alta de 0,72% e terminou o dia a R$ 69,50. Nos demais portos, a quarta-feira foi de estabilidade.

Já o câmbio caiu 1,22% nesta quarta-feira e encerrou a sessão a R$ 3,1421 na venda. Segundo dados da Reuters, a aprovação da Taxa de Longo Prazo em comissão mista acabou pesando.

"E o anúncio de novos ativos que serão privatizados pelo governo, levou o dólar a registrar a maior queda em mais de um mês e retornar ao nível de 3,14 reais", reportou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:

>> SOJA

Governo EUA Ajuda Consumo! (Agresources)

O Governo dos Estados Unidos decretou direitos compen- satórios dos norte-americanos sobre os produtores/exportadores de biodiesel na Argentina e Indonésia, sendo retroativo até maio. Em outras palavras, qualquer exportador que argentino ou indonésio que decidir vender biocombustíveis para os Estados Unidos estará sujeito a taxações significantes que variam de 41-68% sobre o valor da carga.

A notícia é tida como benéfica para os preços da soja norte-americana, que terá o consumo doméstico impulsionado pelas "restrições" de importação do produto.

Entretanto a AgResource lembra que os Estados unidos não possuem capacidade de processamento para suprir a própria necessidade de biocombustíveis, tanto é que as importações do produto superam as exportações desde 2012. Em 2016, os norte-americanos importaram 546 milhões de galões de biodiesel apenas da Argentina e Indonésia. Apesar das estimativas de esmagamento do país se elevarem, não podem- os descartar a necessidade de importação, visto que há 5 anos os EUA não consegue ser autossuficiente na produção e consumo de biodiesel.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas + AGR

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