Soja segue recuando em Chicago nesta 5ª feira e sente pressão da colheita nos EUA

Publicado em 28/09/2017 08:24

O mercado da soja recua nesta quinta-feira (28) na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas perdiam entre 6 e 6,50 pontos, por volta de 7h55 (horário de Brasília), com o novembro/17 sendo cotado a US$ 9,59 e o maio/18 a US$ 9,87. 

Segundo explicam analistas internacionais, segue a pressão da colheita nos Estados Unidos - que avança bem em um cenário favorável de clima e trazendo bons números de produtividade nas principais áreas produtoras. 

Ao lado dessa fator, a recente alta do dólar também pressiona as cotações não só em Chicago, mas nas bolsas americanas e entre as commodities agrícolas de uma forma geral. Desde o último dia 8 de agosto, o dollar index já subiu mais de 2% frente à uma cesta de principais moedas internacionais. 

Da mesma forma, cresce o espaço no radar dos traders as informações sobre o clima no Brasil, e a melhora no quadro climático também ajuda a manter alguma pressão sobre as cotações. "As previsões climáticas seguem mostrando chuvas que serão muito úteis nas regiões mais secas do Brasil nessa próxima semana", disse Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Austrália. 

Ainda nesta quinta-feira, o mercado se atenta também aos números das vendas para exportação que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em seu reporte semanal e, na sequência, os estoques trimestrais em 1º de setembro que serão divulgados nesta sexta-feira, 29 de setembro. 

As expectativas do mercado para as vendas de hoje são de 1,8 a 2,2 milhões de toneladas para a soja em grão, de 50 mil a 100 mil toneladas de farelo e 0 a 20 mil toneladas de óleo. 

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

>> Soja fecha estável em Chicago e alta do dólar tem impacto limitado na formação dos preços no Brasil 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR

    Ultimamente o mercado do soja vem nos causando azia! Não há referencias seguras, as analises não são mais tão confiáveis e os erros destas vem nos causando transtornos financeiros. A melhor estratégia é segurar as pontas, não se deixar levar nem pelo pessimismo e menos ainda pelo otimismo exacerbado! Ademais ninguém sabe o real cenário daqui por diante, tem o clima, tem a produtividade que pode ser boa ou ruim, e tem muitas variáveis das quais não temos nenhum controle. Ao produtor resta fazer muitas contas, repensar seu modelo de produção e condução das lavouras, tanto a de verão como também a de inverno. A palavra chave é produzir com baixo custo, e para isso, talvez tenhamos que riscar da nossa agenda duas palavras; "trigo e milho safrinha", ambos não converteram lucro algum este ano, deram sim um bom prejuízo a quem se arriscou! Agora muitos irão levar os prejuízos do inverno para o verão, e é ai que a conta não fecha mesmo. Soja não da prejuízo, é muito difícil entrar no vermelho desde que haja bom senso administrativo, mas o inverno é fria! Vai aparecer aqui alguém criticando, opondo-se a este meu raciocínio, tudo bem, é direito de cada coruja defender seu toco. Mas para minha felicidade, este ano não vou levar conta de trigo e milho para a minha safra de soja, cansei de apanhar, tomei vergonha, e quem quiser trigo que vá buscar em outra roça! Tenho um amigo que plantou 90 alqueires de milho, colheu 242 sacas por cada alqueire, e ele me disse que sobrou sessenta e nove mil reais de prejuízo... E o trigo? Trinta e dois reais a saca, aliado a uma produção que está variando de 60 a 110 sacas por alqueire, quanto será que sobra, o que sobra senão prejuízos? Não adianta discutir preços, não adianta malhar em ferro frio, não adianta ganhar na foice e perder no machado! Temos que priorizar o que nos sustenta, seja trigo, milho, soja ou café, é assim que deve ser, friamente calculado, sem paixões, até porque paixão não combina com dinheiro. Claro, falar é mais fácil a que fazer, mas temos que dar um passo adiante se quisermos continuar andando para frente...

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