Soja trabalha com estabilidade, mas testando os dois lados da tabela na CBOT, foco no clima da América do Sul

Publicado em 18/12/2017 10:55

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Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago mudaram de lado e passaram para a parte positiva da tabela no início da tarde desta segunda-feira (18).  Os ganhos, no entanto, não duraram muito e logo os futuros da oleaginosa voltaram a perder força, caindo menos de 1 ponto entre as principais posições. Por volta de 12h40 (horário de Brasília),  o janeiro/18 valia US$ 9,66 e o maio/18, que é referência para a safra brasileira, sendo cotado a US$ US$ 9,88 por bushel.

Depois de acumular uma baixa de mais de 2% na última semana, as cotações trabalham próximas da estabilidade, porém, buscando uma certa correção para dar início a uma nova semana e já se ajustando também para este período de final de ano, como explicam analistas e consultores de mercado. 

Os traders, porém, seguem bem focados  no clima da América do Sul e se ajusta às previsões que seguem mostrando mais chuvas para a Argentina.

"O mercado observa o comportamento do clima na América do Sul. Apesar de irregulares, muitas regiões produtoras da Argentina e do Sul do Brasil estão na rota das chuvas, o que deve aliviar o estresse hídrico que se acumula há pelo menos duas semanas", explica o economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo MOtter.

 Segundo informações apuradas pela Labhoro Corretora, os últimos dias foram de chuvas de bons volumes nas províncias de Buenos Aires, Centro e Sul de Santa fé, Entre Rios e leste de Córdoba neste domingo (17). 

E as previsões mostram ainda a possibilidade de precipitações, nesta segunda, em áreas do Paraguai, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. 

"Apesar das chuvas nas áreas mais secas no final de semana, os modelos climáticos estão em boa sintonia e reduziram  as chuvas para as próximas duas semanas para a Argentina e o Rio Grande do Sul, prevendo também que as altas temperaturas devem aumentar ainda mais e com isso alguns analistas acreditam que os fundos devem reduzir suas posições vendidas", explica a corretora.

Atenção, nesta segunda-feira também, aos números dos embarques semanais de grãos americanos que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza hoje. 

Além disso, o USDA já trouxe ainda a venda de mais 396 mil toneladas de soja para a China nesta segunda, o que ajuda na busca por recuperação dos preços. 

Mercado Nacional

Para o mercado nacional, segundo Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, esta deverá ser uma semana de negócios pontuais e pouca movimentação. 

Nesta segunda-feira, os indicativos de preços no porto de Paranaguá variavam de R$ 74,00 a R$ 75,00 por saca, dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque, ainda segundo a Granoeste.

"O mercado da soja terá uma semana de calmaria, porque as chuvas ocorridas nos últimos dias na região do Mercosul devem acalmar Chicago e por aqui não veremos pressão de venda. Desta forma,  estaremos entrando em ritmo de fechamento de ano", explica Brandalizze. Essa tendência, ainda segundo o consultor, deverá se estender pelas próximas três semanas.   

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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