Soja fecha 2017 com último pregão em alta na Bolsa de Chicago e preços estáveis no Brasil
O mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou o último pregão de 2017 em alta. Os futuros da commodity terminaram o dia com ganhos entre 4,50 e 6 pontos entre os principais vencimentos. Assim, o março/18 terminou o ano com US$ 9,61 e o maio/18 - referência para a safra brasileira - com US$ 9,73 por bushel.
Apesar de o foco dos traders ainda estar sobre o clima na América do Sul e as condições melhores nesse momento pesarem sobre as cotações, o ajuste dos fundos nesta sexta-feira (29), principalmente depois das últimas perdas, levou os preços a buscarem essa recuperação.
Além disso, os traders precisavam garantir um bom posicionamento antes do final de semana prolongado, uma vez que os negócios na CBOT só serão retomados na terça-feira, 2 de janeiro de 2018. E paralelamente, há ainda as primeiras especulações, segundo explicam analistas internacionais, sobre as decisões dos produtores americanos para a safra 2018.
Dando suporte aos preços, ainda nesta sexta-feira, vieram as vendas semanais para exportação dos EUA, reprotadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que vieram dentro das expectativas do mercado.
Na semana encerrada em 21 de dezembro, os EUA venderam 974,7 mil toneladas de soja, enquanto o mercado esperava algo entre 800 mil e 1,5 milhão de toneladas. O principal destino da oleaginosa americana continua sendo a China. No acumulado da temporada, as vendas dos Estados Unidos já somam 40.511,7 milhões de toneladas, ainda abaixo do volume da temporada anterior, nessa mesma época, quando 47.885,1 milhões de toneladas já haviam sido comercializadas.
Clima na América do Sul
"A sensibilidade do mercado às variações climáticas volta a ser o grande tema para o direcionamento dos preços. Com a safra brasileira de soja entrando em seu estágio mais crítico de desenvolvimento (a janela de reprodução), a especulação ficará ainda mais atenta a qualquer
variação climática para a América do Sul", diz o boletim diário da AgResource Mercosul.
Além disso, para a Argentina, a irregularidade ainda exige atenção. No entanto, as chuvas mais equilibradas esperadas para os próximos dias já traz alguma pressão sobre as cotações.
"A possibilidade de um cenário meteorológico equilibrado para a Argentina, agora tem adicionado pressãovespeculativa aqui na Bolsa de Chicago", diz a consultoria internacional.
Preços no Brasil
Sem a referência do dólar, que fechou 2017 nesta quinta-feira (28) aos R$ 3,31, os preços da soja no Brasil, nesta sexta, terminaram o ano com estabilidade na maior parte das principais praças de comercialização.
A exceção ficou por conta de Panambi, no Rio Grande do Sul, com baixa de 0,76% para R$ 62,52 por saca.
Nos portos, não foram registrados indicativos em Paranaguá, Imbituba ou Santos. No terminal de Rio Grande, a soja disponível foi a R$ 73,20 e a safra nova a R$ 74,50 por saca, com pequenas altas de 0,27% em ambos os casos.