Líder do setor agrícola paraguaio aprova escoamento de soja do MS pelo porto de Concepción

Publicado em 01/02/2018 08:33

O presidente da União de Grêmios da Produção (UGP) do Paraguai, Héctor Cristaldo, defende o projeto do "Corredor de Grãos" e a entrada de bitrens brasileiros ao território do país para o transporte de um milhão de toneladas de soja até o porto de Concepción.

Mediante um acordo assinado entre as partes e aprovado pelo governo estadual de Mato Grosso do Sul, se estipula que o estado brasileiro poderá transportar soja pelo país, desde que 50% da carga corresponda ao Paraguai, sem a necessidade que o transporte seja feito em bitrens.

Cristaldo afirma que o estado busca, desta maneira, ficar próximo dos portos paraguaios, já que não possui saída para o mar e o porto mais próximo pertence à cidade do país vizinho. "Estão planejando um plano piloto este ano de um milhão de toneladas de soja para ser transportada por Concepción", expressou Cristaldo, em entrevista ao La Nación.

Para o presidente, se trata de gerar um frete adicional no qual o caminhoneiro paraguaio tenha participação em igualdade de condições. Essa situação, para ele, também deve gerar movimento em estações de serviços. "Há 25 anos, o Paraguai movia 2 milhões de toneladas de soja, milho, trigo, arroz e girassol. Hoje, são quase 17 milhões de toneladas com essas cinco produtos".

O "Corredor de Grãos" se daria por meio da Rota Quinta, que une Pedro Juan Caballero, Yby Yaú e Concepción. De acordo com Cristaldo, este último departamento conta com 1.800.000 hectares, dos quais 35.000 correspondem à produção de soja.

"A produção do departamento não irá se mover. O que irá chegar é a produção do Mato Grosso do Sul, que vai dar um dinamismo que, agora, não existe. Ao entrar, vão ter que colocar combustível, ir à borracharia ou aos bares. Vão dinamizar a economia", explicou.

Ele também aponta que há uma percepção errônea de que o caminhoneiro paraguaio não poderá competir, salientando que o negócio poderá ser feito "de maneira ordenada" para que todos possam ter igualdade nos negócios.

Tradução: Izadora Pimenta

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Fonte:
La Nación Paraguai

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