Soja sobe quase 20 pts em Chicago nesta 2ª com dólar fraco e preocupações com a Argentina

Publicado em 12/02/2018 07:14

É Carnaval no Brasil, mas na Bolsa de Chicago os negócios estão a todo vapor na sessão desta segunda-feira (12). Por volta de 7h45 (horário de Brasília), os futuros da soja subiam quase 20 pontos - ou quase 2% - entre os principais contratos e registravam suas máximas em duas semanas. 

O contrato maio/18, referência para a safra brasileira, já vinha senfo negociado a US$ 10,13 por bushel, enquanto os mais distantes - julho e agosto/18 - superavam os US$ 10,20. 

Segundo explicam analistas internacionais, o forte avanço da oleaginosa, que é acompanhado por todas as demais commodities em um intenso movimento de alta, é reflexo de uma fraqueza do dólar no cenário internacional. 

"O dólar mais fraco poder fazer algumas pessoas reavaliarem o potencial da demanda pelos estoques norte-americanos", diz um analista de Melbourne, na Austrália, à Reuters Internacional, afinal, com a moeda mais barata, os produtos norte-americanos tornam-se mais atrativos para os compradores internacionais. 

Ao lado da questão cambial, outros fatores também impulsionam as cotações da soja na Bolsa de Chicago neste início de semana. Uma inesperada queda nos estoques de óleo de Palma na Malásia promoveram um ganho não só nesta commodity, mas nos óleos e oleaginosas de uma forma geral, incluindo a soja e seu derivado - principal concorrente do do óleo de palma. 

Isso se dá, principalmente, pelo fato de as condições de clima na Argentina, que é um dos principais players do mercado internacional de derivados de soja, ainda serem adversas e as expectativas indicarem uma safra consideravelmente menor do que a inicialmente projetada. 

Para conferir a real condição das lavouras argentinas, o Notícias Agrícolas e a Labhoro Corretora embarcaram em um crop tour pelo país nesta semana de onde chegarão informações atualizadas diariamente, com o objetivo de trazer uma previsão ainda mais assertiva para a colheita 2018. 

Segundo dados apurados pela Labhoro, "boas chuvas caíram na Província de Santa Fé neste final de semana e as temperaturas simplesmente despencaram hoje para casa 16/18 graus.  A província de Buenos Aires continuou seca e pelo jeito é que precisa de chuvas com maior urgência". 

Veja como fechou o mercado na última semana:

>> Soja: Preços no Brasil sobem até 8,5% na semana com suporte do dólar e rallies na CBOT

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP

    As transações em bolsas atualmente são executadas por computadores (robôs), por isso acontecem o efeito manada pra cima ou pra baixo.

    Todos nós sabemos dos problemas climaticos no Brasil, Paraguai, e Argentina, o mundo inteiro sabe. Mas uma fraqueza do dólar ou o contrario as vezes influencia mais o preço que o clima.

    Na minha opinião os preços ainda estão muito baixos, e não refletem em relação as adversidades climáticas da America do Sul.

    E para completar tem a Conab e Ibge com as previsões furadas, na tentativa de segurar os preços(inflação). A dica seria entrevistar o Sr Leoni Severo, pra termos uma visão melhor dos fatos.

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