Soja sobe mais de 2% na Bolsa de Chicago com excesso de chuvas atrapalhando a colheita nos EUA

Publicado em 01/10/2018 12:23

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Os preços da soja passaram a subir de forma considerável no final da manhã desta segunda-feira (1) na Bolsa de Chicago, trabalhando com altas de dois dígitos entre os principais contratos. Por volta de 11h55 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 15 e 16 pontos -  ou mais de 2%, com o novembro/18 sendo cotado a US$ 8,59 por bushel. O maio/18 tinha US$ 8,98. 

O mercado ganhou força depois de iniciar o dia trabalhando com estabilidade e na tentativa de recuperação depois das baixas da última sexta-feira (28), quando sentiu a pressão dos estoques trimestrais norte-americanos reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

Além disso, as cotações ganham suporte também no cenário adverso de clima para a evolução da colheita nos Estados Unidos, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. "Há muita chuva nesse momento e não tem condições de colheita na metade norte do cinturão", diz. 

Em estados como Iowa, Indiana, Nebraska, pontos de Illinois, os trabalhos de campo já estão paralisados ou acontecendo em ritmo mais lento do que o registrado há alugmas semanas. 

Como explica a consultoria internacional AgResource Mercosul (ARC), as projeções climáticas atualizadas no fim da última sexta mostram "um padrão de chuvas constantes e temperaturas mais frias, para os próximos 10 dias, ao centro-norte do Cinturão Agrícola. A cada 2-3 dias, rodadas de precipitações significantes serão presentes nas Planícies e no Cinturão, reduzindo o progresso da colheita, que até o momento seguia em ritmo recorde".

Chuvas EUA - AgResource Mercosul

Ainda assim, a consultoria afirma também que tal padrão climático, porém, não deverá trazer prejuízos à saúde, qualidade e produtividade dos grãos no campo, ao menos até estes momento. "A capacidade de colheita norte-americana continua alta com a frota agrícola renovada recentemente, por grande parte dos produtores do país", diz o boletim da ARC.

Ao mesmo tempo, os traders se atentam ainda à guerra comercial entre China e EUA, ao avanço da colheita nos EUA - que será também atualizado pelo USDA hoje, após o fechamento de Chicago -  e ao desenvolvimento do plantio no Brasil.  

Para o mercado brasileiro, as atenções estão voltadas, principalmente, à questão financeira e cambial, uma vez que chegou, enfim, o final de semana das eleições presidenciais. Assim, como explica Brandalizze, "o dólar pode flutuar mais nesta semana", diz. 

Nesta segunda, por volta de 12h20 (horário de Brasília), a moeda americana recuava 0,26% para ser negociada a R$ 4,027. 

Os negócios com soja e milho no país estão mais escassos nestes últimos dias, aindade acordo com o consultor, com os produtores atento à essa situação política e econômica do país. Ainda assim, para a soja da safra velha, a estimativa de Brandalizze é de que o Brasil vá, mais uma vez, bater recorde na exportação nesta semana mais uma vez. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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