Soja: Com números fracos das vendas dos EUA, mercado tem baixas de dois dígitos em Chicago

Publicado em 18/10/2018 12:02

O mercado futuro norte-americano de soja ampliou as baixas sentidas na Bolsa de Chicago no pregão desta quinta-feira (18) depois dos números fracos das vendas semanais dos EUA divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os dados vieram bem abaixo das expectativas dos traders e pressionaram as cotações na CBOT. 

Por volta de 11h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos cediam mais de 1,5%, com baixas que variavam de 13,50 a 14 pontos. Assim, o novembro/18 já chegava aos US$ 8,71, enquanto o maio/19 era cotado a US$ 9,11 por bushel. 

Na semana encerrada em 1 de outubro, as vendas semanais de soja dos Estados Unido somaram apenas 293,6 mil toneladas, contra expectativas que variavam de 600 mil a 1 milhão de toneladas. No acumulado da temporada, o total da oleaginosa já comprometido pelo país é de 20.842,2 milhões de toneladas, contra mais de 26,2 milhões do mesmo período do ano passado. A estimativa total do USDA para o ano comercial é de que as exportações americanas somem 56,07 milhões de toneladas. 

Como explica o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, o cenário reflete a ausência do principal comprador dos EUA, que é a China, em decorrência da guerra comercial entre os dois países que segue em curso. 

"Os totais também mostram isto. São 20,8 milhões contra 26,3 milhõe de toneladas vendidas do ano passado. Os embarques refletem o mesmo, 5 milhões deste ano, contra 7,05 milhões de toneladas do ano passado, contando com uma certa arrancada na semana passada com 1,16 milhão" diz. 

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Além disso, o mercado internacional intensificou seu movimento de baixa, segundo explicam analistas internacionais, depois que as condições de clima para o Corn Belt começaram a se mostrar mais favoráveis para a retomada do ritmo da colheita. Além disso, as previsões para os próximos dias também já mostram um cenário mais confortável para os trabalhos de campo no país. 

As adversidades das últimas semanas foram importante fator de suporte para as cotações em Chicago, porém, exerceram um efeito bem pontual. A mudança no quadro acaba, portanto, trazendo a volta do recuo na CBOT. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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