Soja em Chicago segue em alta nesta 4ª feira com perspectivas de maior demanda da China

Na tarde desta quarta-feira (12), os preços da soja vieram ampliando suas altas na Bolsa de Chicago diante das perspectivas cada vez mais fortes de um acordo sendo firmado enre China e Estados Unidos em torno da commodity. Perto de 14h15 (horário de Brasília), as altas variavam entre 6 e 7,25 pontos nos principais vencimentos. Mais cedo, os ganhos passavam de 10 pontos. Na sequência, porém, o mercado voltou a perder força e, por volta de 14h40, os ganhos eram de pouco mais de 3 pontos.
A disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo segue como o principal fator de direção para as cotações e as especulações mostrando uma esperança maior sobre um consenso permite o avanço das cotações, que dão continuidade ao movimento iniciado já nesta terça-feira (11).
"A ARC lembra que o direcionamento de preços continua atrelado as novidades da Guerra Comercial entre os EUA e China. Os fundamentos básicos do Mercado têm sido deixados de lado, até com que as questões políticas sejam resolvidas", dizem os analistas da consultoria.
Foi quando o presidente americano Donald Trump anunciou que estaria tendo conversas bastante produtivas com a China e que a nação asiática estaria se preparando para comprar elevados volumes de soja no mercado americano.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja de 240,632 mil toneladas da safra 2018/19, sendo 110 mil toneladas do total para destinos não revelados e o restante para o México. Essa não é a primeira venda da semana, com uma outra sendo informada, na segunda (10), de 125 mil toneladas, também para destinos desconhecidos.
Além disso, os EUA adiaram também a segunda rodada de pagamento de auxílio agrícola aos produtores também com a expectativa de um consenso entre chineses e americanos. E essas perspectivas são ainda as principais diretrizes do mercado.
O dia é de menor aversão ao risco, justamente, frente a estas perspectivas de que as tensões comerciais mundo a fora estão, de fato, mais brandas. As negociações evoluindo entre Washington e Pequim e também o caso da fiança concedida à diretora executiva da Huawei contribuem para esse cenário.
Frente a isso, não só as commodities sobem, como o dólar corrige parte das últimas altas e trabalha em queda frente ao real nesta quarta-feira. Perto de 14h40, a moeda americana cedia mais de 1,7% e valia R$ 3,85, depois de fechar acima dos R$ 3,90 na sessão anterior.
A baixa do dólar também favorece os preços na Bolsa de Chicago, uma vez que acabam por deixar os produtos americanos mais competitivos.
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