Soja mantém estabilidade em Chicago, focada no acordo ChinaxEUA e apesar do USDA fraco

Publicado em 22/02/2019 13:38

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No início da tarde desta sexta-feira (21), os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago passaram para o lado negativo da tabela, porém, ainda com variações bastante tímidas. As mudanças não são grandes entre as notícias e deixam claro que o mercado ainda está muito atado ao futuro de um acordo que pode ser fechado entre China e EUA para dar fim à guerra comercial. 

Assim, por volta de 12h50 (horário de Brasília), as cotações recuavam 0,75 ponto, com o maio/19 valendo US$ 9,23 por bushel, e as posições mais distantes ainda acima dos US$ 9,30. 

O mercado reagiu aos números reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta das vendas norte-americanas para exportação das últimas seis semanas e que ficaram abaixo das expectativas, inclusive para a China. 

Neste intervalo, os EUA venderam 6.531,8 milhões de toneladas de soja, sendo a maior parte destinada à China - 3.992,5 milhões de toneladas. O número total ficou dentro das expectativas do mercado, de 6,1 a 9,6 milhões de toneladas, porém, os dados da nação asiática acabaram decepcionando o mercado, que esperava por um volume consideravelmente maior. 

"Talvez com a redução de área estimada ontem pelo USDA e com um acordo perto de ser fechado (o que vai garantir compras dos chineses para soja americana) pode ser que o mercado seja mais sensível a um potencial acordo do que a este cancelamento que terá que ser cumprido no futuro, caso o acordo seja assinado", diz Tarso Veloso, diretor da ARC Mercosul.

Leia mais:

>> USDA traz exportações de soja abaixo do esperado nas últimas seis semanas

O acordo entre China e Estados Unidos estaria mais próximo, porém, há ainda pontas soltas que trazem insegurança e cautela ao mercado, mantendo a defensiva dos traders. 

Segundo informações da agência de notícias Reuters, "negociadores comerciais chineses ainda não esclareceram como Pequim atenderá às exigências de Washington por mais proteção à propriedade intelectual dos Estados Unidos, uma questão crucial nas negociações para acabar com uma disputa comercial entre os dois países", conforme teria informado uma fonte do USDA, durante o Agricultural Outlook Forum que acontece desde ontem em Arlington, na Virgínia. 

Assim, são ainda mais necessárias as confirmações desses novos boatos que chegaram aos traders nos últimos dias, com um possível consenso que levariam a China a comprar mais US$ 30 bilhões em produtos agrícolas nos Estados Unidos. Enquanto não chegam, os participantes do mercado se mantêm na defensiva. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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