Soja sobe mais de 1% no Brasil em dia forte para Chicago; negócios são pontuais

Publicado em 29/05/2019 17:11

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Dia intenso e de volatilidade para os preços da soja no mercado global. No início do dia, as cotações chegaram a subir mais de 30 pontos na Bolsa de Chicago, para terminar subindo entre 13,75 e 14,25 pontos nos principais contratos. Assim, o julho terminou com US$ 8,70 e o agosto, US$ 8,76 por bushel. 

"Parte destes ganhos foram mitigados com a entrada agressiva de produtores rurais estadunidenses no lado da venda, adicionando cobertura para a atual safra em progresso", explicaram os analistas da ARC Mercosul. 

O mercado segue refletindo o sério e mais expressivo atraso no plantio da nova safra de grãos dos Estados Unidos, porém, realizou lucros do meio para o final da sessão depois da disparada registrada mais cedo. No entanto, segue acompanhando as previsões que ainda mostram muitas chuvas para os próximos dias no Corn Belt. 

De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o país tem apenas 29% semeada, contra 74% do ano passado, nesse mesmo período, e frente aos 66% da média das últimas cinco safras. Somente 11% das lavouras de soja já emergiram, contra 44% do mesmo período do ano passado, e 35% da média dos últimos cinco anos. 

"E é o coração do Corn Belt que está com problemas de plantio agora", explicou o consultor de mercado Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

De acordo com o mapa do NOAA atualizado nesta quarta-feira (29), com validade até 5 de junho, estadis como Illinois, Missouri, Iowa, Indiana e o Kansas deverão receber mais de 50 mm de chuvas. Em alguns locais, os acumulados podem superar os 100 mm. 

EUA Chuvas 7 dias

NO BRASIL

No mercado brasileiro, os preços também subiram, porém, os negócios não aconteceram no mesmo ritmo. Os produtores, diante das últimas altas, seguem agora acreditando e esperando por oportunidades ainda melhores de comercialização. 

Nos portos, as altas passaram de 1%. Em Rio Grande, fecharam com R$ 82,00 no disponível e R$ R$ 82,50 para junho, enquanto em Paranaguá foi a R$ 83,50 e R$ 84,50, respectivamente. Ao longo do dia, com altas mais fortes em Chicago, os indicativos nos terminais chegaram a testar os R$ 86,00 por saca no melhores momentos do dia. 

No interior, os ganhos também foram registrados em boa parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas e também ficaram acima de 1%. No Rio Grande do Sul, as altas foram de mais de 2% em alguns locais, como Não-Me-Toque e Panambi, onde os preços foram a R$ 72,00 e R$ 73,00 por saca. 

"Não há vendedores, e os produtores já esperam patamares mais altos, como algo entre R$ 88,00 e R$ 90,00 na posição agosto", explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. 

Além das boas altas em Chicago, os prêmios também seguem fortes, na casa dos 110 pontos sobre os valores praticados na Bolsa de Chicago - os quais tendem a continuar se valorizando - e o dólar se mantém próximo da casa dos R$ 4,00, mesmo com a  baixa registrada nesta quarta-feira. 

A moeda americana fechou com R$ 3,976 e queda de 1,20%. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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