China compra 1 mi de t de soja nos EUA e puxa forte preços na Bolsa de Chicago

Publicado em 01/10/2019 17:57

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A China comprou um milhão de toneladas de soja nos Estados Unidos nesta terça-feira, 1º de outubro, e puxou os preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa terminaram o pregão com bons ganhos que variaram entre 10,25 e 13,50 pontos nos principais contratos. Assim, o novembro ficou nos 9,19 e o maio/20, referência para a safra brasileira, a US$ 9,41 por bushel. 

De acordo com informações da agência internacional de notícias Bloomberg, empresas chinesas foram ao mercado norte-americano para estas compras depois de o governo de Xi Jinping ter promovido mais algumas insenções de parte de suas tarifas. Foram comprados de 12 a 15 navios com embarques previstos para ainda este ano e alguns programados para janeiro. 

Ainda segundo a agência, Pequim trouxe a isenção das tarifas para aproximadamente 2 milhões de toneladas de soja, depois da concessão para outras 2 a 3 milhões na semana passada. E as medidas, ainda de acordo com especialistas internacionais, ajudam a preparar os ânimos para a reunião do alto escalão entre representantes da China e dos EUA na próxima semana. 

Mais do que isso, se espera ainda que a notícia favoreça a imagem do presidente Donald Trump junto aos produtores norte-americanos, que vêm sofrendo severos impactos negativos com a ausência da demanda chinesa desde o início da Guerra Comercial. 

Segundo explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, ao longo dos dias o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) pode vir confirmando essas compras, mesmo com o volume total sendo divulgado em partes menores. Mais do que isso, Sousa acredita ainda que essa atitude da nação asiática se vale ainda da maior competitividade do produto americano - que está mais barato neste momento - e que pode favorecer, inclusive, mais compras mais adiante. 

Se o movimento pode manter o mercado da soja subindo na Bolsa de Chicago, o analista da Labhoro explica que será necessário cruzar essas informações com as condições de clima para o desenvolvimento da colheita da soja nos EUA e com os resultados das próximas reuniões entre chineses e americanos. 

ALTAS TAMBÉM NO BRASIL

O mercado da soja também registrou fortes altas no mercado brasileiro nesta terça-feira, motivado pelo avanço considerável na Bolsa de Chicago. No interior do país, as altas chegaram a superar 5%, como foi o caso de Alto Garças, em Mato Grosso, levando a saca a R$ 81,00. 

E assim, as referências voltaram a assumir patamares no Brasil que motivam alguns bons negócios por aqui, inclusive da safra nova, ainda como explica Ginaldo de Sousa. 

Nos portos nacionais, os preços subiram mais de 1%. Em Paranaguá, são R$ 88,00 por saca no disponível e para março do ano que vem, R$ 86,00. Já em Rio Grande, os indicativos foram a, respectivamente, R$ 88,00 e R$ 86,50 por saca. 

Além dos ganhos no mercado internacional, as recentes e consistentes altas do dólar frente ao real também motivam a subida no mercado nacional. A moeda americana fechou o dia com ganho de 0,17% e valendo R$ 4,16. 

Veja, no link abaixo, a íntegra da entrevista de Ginaldo Sousa:

>> Rumores de compras chinesas de 1 milhão de toneladas de soja dos EUA animam mercado em Chicago e cotações sobem 13 pontos

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Por:
Carla Mendes| Instagram@jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Não concordo com o analista quando diz que a China está fazendo concessões ou acenando para a paz. Os chineses

    (e seus porquinhoss e franguinhos e peixinhos) se quiserem comer ração vão ter que baixar a cabeça e arrumar outra arma para esta guerra... Como ser diz, uma hora a onça tem que beber água. E quem tem o pote são os americanos, ... e, aguardem, sem acordo comercial, vão ajoelhar...

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    • Marcio Magarinos Outros Tio Hugo - RS

      Quando o Brasil tem o pote na mão, a China vem e compra soja baratinho...

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