Soja recua até 2% no interior do Brasil com baixa do dólar e estabilidade na Bolsa de Chicago

Publicado em 03/12/2019 18:02

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Os preços da soja recuaram no mercado brasileiro nesta terça-feira (3) refletindo uma nova sessão de estabilidade dos futuros da commodity na Bolsa de Chicago e da baixa do dólar frente ao real. Em algumas praças do interior do país, as perdas ultrapassaram os 2%. 

Em Ponta Grossa, no Paraná, perda de 2,30% para R$ 85,00 por saca, e em Sorriso, Mato Grosso, baixa de 2,74% para fechar com R$ 71,00. Nas demais regiões, os indicativos também caíram, enquanto nos portos as cotações se mantiveram estáveis. 

Em Rio Grande, R$ 86,30 no disponível e R$ 86,50 para a safra nova; em Paranaguá, os valores ficaram em, respectivamente, R$ 87,00 e R$ 86,00 por saca. 

O mercado da soja na CBOT segue completamente focado na guerra comercial e nas relações entre China e EUA - que enquanto não se alinham mantêm a demanda da nação asiática distante do mercado norte-americano - no entanto, mantém também um tom bastante cauteloso e sem grande euforia até que as notícias se confirmem. 

Do mesmo modo, no Brasil, os prêmios para a soja se mostram ligeiramente mais altos nesta terça-feira, como informa a Agrinvest Commodities, no entanto, com o mercado ainda mostrando pouco volume de negócios. A demanda pela soja nacional, afinal, segue aquecida e a oferta disponível se mostra cada vez mais ajustada. 

DÓLAR

Nesta terça-feira, o dólar fechou o dia com queda de 0,19% e cotado a R$ 4,2059. Trata-se, segundo a agência de notícias Reuters, do menor patamar desde o último dia 22. 

CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os futuros da oleaginosa terminaram o dia com leves altas de 0,25 a 0,50 ponto nos principais contratos. O janeiro ficou com US$ 8,71 e o maio, US$ 9,00 por bushel. 

Até este segunda-feira (2), o mercado já havia acumulado oito sessões consecutivas de baixa. Assim,  traders entendem que o mercado está sobrevendido e, portanto, vulnerável a uma recuperação técnica. No entanto, o pessimismo em relação a possibilidade de um acordo comercial EUA/China predomina", explica o consultor Steve Cachia, da AgroCulte e Cerealpar.

Ademais, Cachia acredita que com a nação asiática relativamente bem abastecida até a entrada da nova safra brasileira, "o país também não vai ceder tão facillmente às exigências de Trump. Sem acordo, as cotações futuras de soja seguem sob pressão".

Além disso, a Fox Business, emissora norte-americana deu a informação nesta terça-feira de que os EUA seguem com o plano de ampliar as tarifas sobre pordutos chineses em uma ação prevista para entrar em vigor em 15 de dezembro. 

E ao mesmo tempo em que não há demanda intensa no mercado norte-americano, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informa que, até o último domingo (1), a colheita da soja já chega a 96% da área, alinhada com os números do ano passado, com as expectativas e ligeiramente menor do que os 99% da média dos últimos cinco anos. 

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Por:
Carla Mendes| Instagram@jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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