FCStone eleva estimativas de exportação e safra de soja do Brasil em 2020

Publicado em 02/06/2020 00:14

SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de soja do Brasil em 2020 deverá atingir 77 milhões de toneladas, estimou nesta segunda-feira a consultoria INTL FCStone, que elevou em 1 milhão de toneladas a previsão ante avaliação do mês anterior, com a forte demanda chinesa por uma grande safra nacional.

"Além dos embarques estarem muito acelerados, com o recorde mensal histórico atingido em abril, as vendas da safra 2019/20 também estão muito adiantadas para o período", disse a analista de inteligência de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi, em nota.

Em maio, as exportações do Brasil somaram 15,5 milhões de toneladas, segundo dados do governo, o segundo maior volume mensal da história, atrás dos mais de 16 milhões de abril.

A FCStone ainda elevou em 0,23% a estimativa de produção brasileira de soja, para 120,85 milhões de toneladas no ciclo 2019/20, com altas produtividades em Minas Gerais, Bahia e outros Estados mais do que compensando perdas no Rio Grande do Sul.

Os estoques finais de soja foram estimados em 1,33 milhão de toneladas.

A segunda safra de milho do Brasil foi estimada em 71,4 milhões de toneladas, ante 72,6 milhões na previsão de maio, com o tempo seco no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul impactando a previsão.

"O clima mais favorável ao desenvolvimento do cereal em outros Estados, como Mato Grosso, impediu cortes mais expressivos na produção da segunda safra de milho", disse a FCStone.

Já a safra 2019/20 total de milho deve cair para 98,76 milhões de toneladas, corte de 1,2% frente ao divulgado em maio, em decorrência de ajustes negativos para a safrinha.

Em relação à exportação, a expectativa do grupo foi mantida em 35 milhões de toneladas, volume que representa uma queda de 15% frente ao registrado em 2018/19.

"Apesar da desvalorização do real em 2020, o que favorece a competitividade do cereal brasileiro, a safra recorde norte-americana ainda poderá pesar sobre o volume dos embarques do Brasil", apontou o relatório.

Os impactos da pandemia sobre a demanda pelo cereal continuam sendo acompanhados, mas não houve novos cortes no número de consumo interno.

Com a queda da produção brasileira, os estoques finais da safra 2019/20 foram reduzidos para 7,7 milhões de toneladas, contra 11,14 milhões de toneladas no ciclo anterior.

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Fonte:
Reuters

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