Soja sobe na Bolsa de Chicago, testa máximas em 3 meses e puxa preços também no Brasil

Publicado em 01/07/2020 18:27

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Apesar da baixa do dólar frente ao real nesta quarta-feira, 1º de julho - de 2,24% para R$ 5,32 - os preços da soja no mercado brasileiro encerraram o primeiro dia do mês e do novo semestre com boas altas em praças de comercialização do interior do país. As referências parecem ter acompanhado a nova sessão positiva dos futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago. 

No Paraná, os ganhos passaram dos 2% em Cascavel e Cafelândia, onde os indicativos ficaram em R$ 100,50 por saca; em Castro, alta de 1,79% para R$ 114,00. Em Mato Grosso, os preços se mantiveram estáveis, mas fortes, entre R$ 96,00 e R$ 110,00 por saca nas praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Goiás também registrou preços subindo mais de 2%, levando os prçeos a R$ 93,00 em Jataí e Rio Verde. 

Nos portos, a soja disponível se manteve estável em R$ 114,50 e em Rio Grande, R$ 114,00. Já para a safra nova, foram registradas baixas de, respectivamente, 0,46% e 0,47%, para R$ 108,00 e R$ 106,50. 

O Brasil já embarcou, no acumulado de janeiro a junho, 63,8 milhões de toneladas de soja e supera largamente o total do mesmo período do ano passado, de pouco mais de 44 milhões de toneladas, um aumento de 43,69% na comparação anual. Somente no último mês, foram embarcadas 13,75 milhões de toneladas da oleaginosa, 60,8% a mais do que no mesmo mês de 2019. Os números partem da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). 

MERCADO INTERNACIONAL

Em entrevista ao portal norte-americano Agriculture.com, o diretor da Price Futures Group, Jack Scoville afirma que este é o segundo de três dias de um movimento de compra de posições por parte dos fundos diante das notícias altistas. 

"Deve haver pelo menos mais um dia de altas. Os relatórios ofereceram alguma coisa para todo mundo, com estoques trimestrais alts, mas áreas menores. Agora, estamos reagindo à área e não aos estoques, mas cedo ou tarde isso vai acontecer", diz o analista internacional. 

Scoville complementa dizendo que o rally, portanto, tem um potencial ainda limitado, e o que poderia ampliar essa continuidade seriam condições de tempo e seco em julho. "Se esse cenário se concretizar, todas as apostas são de que o mercado, aí sim, poderia engatar uma rally firme. As previsões indicam um tempo mais quente e seco, então o mercado irá testar seus limites na próxima semana até que vejamos como serão a polinização e o florescimento", complementa. 

Ajudando nas altas do grão, o avanço do farelo de soja negociado na Bolsa de Chicago também está no radar dos traders. "Hoje, a força da soja vem do farelo, puxado, principalmente, pelo movimento de reversão de posições vendidas dos fundos", explica a Agrinvest Commodities. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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