Soja fecha em alta na CBOT nesta 3ª feira e preços permanecem muito firmes no BR

Publicado em 01/09/2020 16:04 e atualizado em 01/09/2020 17:16

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Os preços da soja fecharam em campo positivo nesta terça-feira (1) na Bolsa de Chicago e já acumulam uma alta de mais de 5% em seis pregões, como explica o consultor de mercado Carlos Cogo, sócio-diretor da Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, em entrevista ao Notícias Agrícolas. Os futuros da oleaginosa terminaram o dia com pequenos ganhos de 1,25 a 3 pontos nos principais contratos. 

Assim, o vencimento novembro/20 terminou o dia com US$ 9,54 e o março/21, US$ 9,61 por bushel. A demanda pela oleaginosa norte-americana e a preocupação com o clima no Corn Belt continuam favorecendo as altas na CBOT. E os ganhos no mercado internacional, em um dia de baixa de mais de 1% do dólar frente ao real, ajudam a manter as cotações muito firmes no mercado brasileiro. 

Onde os preços não subiram, mantiveram-se estáveis. Em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, a referência registrou uma alta de mais de 4%, levando o indicativo a R$ 125,00 por saca, enquanto vale R$ 135,00 em Amambai/MS ou R$ 133,40 em Rondonópolis/MT. 

"As cotações da oleaginosa em Mato Grosso vêm apresentando aumentos consecutivos nos últimos dias, sofrendo influência das altas na bolsa de Chicago, do dólar, e da forte demanda
interna pelo grão, que está impactando o basis em várias praças do estado", explicam os analistas de mercado do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, em seu reporte diário.

E o cenário vem se repetindo em praticamente todos os estados produtores. A oferta é muito apertada e os produtores brasileiros já vem realizando alguns negócios até mesmo para a safra 2022, onde há referências de preços sendo comentadas na casa dos R$ 120,00. 

"Há vendas acontecendo duas safras pra frente e isso nunca aconteceu", explica Carlos Cogo. E o especialista explica que já no ano que vem a média de preços deverá ser maior do que a deste ano, mas a renda deve se manter alinhada. Tudo vem a depender do câmbio, que segue extremamente volátil. 

E quem compartilha desta análise é o consultor de mercado Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar, que acredita que os fundamentos para os preços da commodity são altistas e dão força, inclusive, para que os preços alcancem os US$ 10,00 por bushel na CBOT, mas que o ponto de atenção para o sojicultor brasileiro, apesar de um momento tão favorável, continua a ser o câmbio e a instabilidade que ainda carrega. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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