Soja recua mais de 1% em Chicago nesta 5ª com colheita nos EUA e financeiro

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago recuam forte nesta quinta-feira (24). Perto de 7h55 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa caíam entre 9,50 e 12,25 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 10,02 e o janeiro a US$ 10,06 por bushel. O maio tinha US$ 10,00.
Os preços marcam suas mínimas em uma semana na CBOT, com perdas pela terceira sessão consecutiva que refletem uma combinação de um mercado financeiro um pouco mais avesso ao risco e com o avanço da colheita da safra 2020/21 dos EUA.
Com a previsão de tempo mais quente e seco no Corn Belt, os trabalhos de campo deverão ganhar ainda mais ritmo nos próximos dias e este é, sazonalmente, um fator de pressão sobre as cotações. "Como a Cerealpar vinha alertando, a pressao sazonal da colheita nos EUA e do plantio no Brasil era esperada", diz Steve Cachica, consultor de mercado da empresa e da TradeHelp.
Cachia afirma ainda que o momento atual do mercado financeiro e mais o período de final de mês faz com que os investidores garantam parte dos lucros recentes. "Esse desempenho hoje só poderá ser mudado com um relatório de exportações semanais do USDA surpreendente", diz.
As expectativas do mercado para a soja em grãos são de vendas entre 1,6 milhão e 3 milhões de toneladas.
O mercado também se atenta ao andamento do dólar no Brasil, que vem registrando uma semana de altas fortes e consecutivas. Ontem, a moeda americana fechou o dia perto dos R$ 5,60 e subindo mais de 2%.
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