Soja encerra semana em alta no mercado brasileiro, com interior superando os R$ 170/sc

Publicado em 30/10/2020 17:47 e atualizado em 02/11/2020 09:12

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A semana termina com preços mais altos para a soja no mercado brasileiro mais uma vez. As cotações continuam a ser expressivamente favorecidas pelo dólar que, nos últimos dias, disparou frente ao real. Mais do que o câmbio, a relação muito estreita entre oferta e demanda também é um pilar determinante para os atuais patamares recordes que o cenário nacional vem registrando. 

As altas mais fortes foram registradas em Mato Grosso do Sul, com destaque para Amambai, onde o preço subiu 1,18% para R$ 172,00 por saca. Todavia, avanços também foram registrados no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Goiás e Bahia. 

Já nos portos, as cotações permanceram estáveis nesta sexta-feira, mas também em patamares elevados. No terminal de Paranaguá, R$ 157,50 para a soja disponível e R$ 138,00 para fevereiro de 2021. Já em Rio Grande, R$ 155,50 e R$ 136,00, respectivamente. 

Ainda assim, o que se observou foi mais uma semana de poucos negócios e foco total dos produtores brasileiros no plantio enquanto as chuvas continuam favorecendo importantes regiões produtoras. Afinal, as incertezas que acompanham anos de influência do La Niña exigem planejamento e total aproveitamento das condições adequadas para uma semeadura que já está atrasada. 

"O que a gente observa no mês de outubro, é que a temperatura só caiu. No mês de outubro a curva é só descendente, mostrando que o resfriamento é mais forte e persistente. A tendência é de que o declínio seja ainda maior", explica a meteorologista Estael Sias, da MetSul. 

Dessa forma, o fisiologista e doutor em Agronomia Elmar Floss, orienta os produtores brasileiros a buscarem mecanismos que possam minimizar os impactos do tempo seco. "A orientação minimizar os impactos é que o produtor faça uso de bioativadores para introduzir os nutrientes necessários na planta", diz o especialista ao Notícias Agrícolas. 

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Assim, e com quase 60% da temporada 2020/21 já comercializada, o foco passa a ser o bom momento para os trabalhos de campo, mantendo o ritmo de negócios mais limitado e com operações pontuais. 

BOLSA DE CHICAGO

Em Chicago, a semana foi bastante intensa e de dura influência do pessismismo e nervosismo do mercado financeiro em função das preocupações geradas pela segunda onda do novo coronavírus na Europa. O novo surto da doença já promoveu o decreto de lockdowns em países como França e Alemanha, os quais acentuaram as incertezas do impacto de ações como esta para a recuperação da economia global. 

Ainda assim, o fechamento desta sexta-feira foi positivo para os futuros da oleaginosa na CBOT. As cotações subiram entre 4,75 e 8,50 pontos nos principais contratos, levando o novembro a terminar a semana com US$ 10,56 e o maio/21 a US$ 10,44 por bushel. 

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja de 121,5 mil toneladas para destinos não revelados. Ao longo da semana, mais anúncios foram feitos pelo órgão, confirmando a intensidade da demanda pelos produtos norte-americanos e a força que o atual momento têm na sustentação das cotações da oleaginosa na Bolsa de Chicago. 

Em contrapartida, os traders acompanham também o avanço do plantio no Brasil e em toda a América do Sul o desenvolvimento no financeiro, o andamento do câmbio e a sequência do comportamento da demanda no mercado norte-americano e, aos poucos, vai redefinindo sua direção frente ao quadro atual.  

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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