Soja: demanda por óleo e dificuldades de plantio nos EUA elevam cotações a US$ 15

A quarta-feira (21) chega ao fim com grandes movimentações altistas para os preços internacionais da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram flutuações positivas entre 10,75 e 25,25 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 14,97 com valorização de 25,25 pontos, o julho/21 valeu US$ 14,79 com elevação de 21,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 13,50 com ganho de 14,25 pontos e o novembro/21 teve valor de US$ 13,10 com alta de 10,75 pontos. (Na reabertura do mercado noturno, o primeiro vencimento (maio) saltou para 15,03 US$/bu).
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,70% para o maio/21, de 1,51% para o julho/21, de 1,27% para o setembro/21 e de 1,05% para dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, tensões nos mercados de óleo vegetal e biodiesel relacionados aumentaram a força da soja. O contrato do primeiro mês de óleo de soja da CBOT atingiu a maior alta em 10 anos, a 60,38 centavos de dólar por libra-peso.
“O óleo de soja foi nitidamente superior. Ainda há demanda esmagadora e demanda de exportação, embora a demanda seja menor agora do que antes e o mercado pense que os EUA vão ficar sem soja, a menos que a demanda possa ser racionada com preços altos”, relata o analista do Price Group, Jack Scoville.
Bob Linneman da Kluis Advisors, aponta que as altas de grãos tiveram um bom dia nesta quarta-feira também de olho no clima para o plantio da nova safra nos Estados Unidos.
“Muitos contratos atingiram novos máximos. Podemos traçar várias metas de alta nos gráficos, uma vez que tivemos uma variedade de altas fortes desde agosto. O clima frio e seco para as áreas do meio-oeste que já estão secas levou os comerciantes a considerarem a ideia do que acontece com os balanços com rendimentos abaixo da linha de tendência. Não precisamos ver uma temporada como a de 2012 para criar uma situação otimista”, afirmou Linneman em uma nota aos clientes.
A proximidade dos vencimentos dos contratos de maio/21 também ajudam nesta sustentação do mercado. “Conforme nos aproximamos da janela de entrega dos contratos de grãos de maio, começaremos a ouvir conversas sobre como o mercado comercial mantém as posições compradas para que possam receber a entrega de grãos físicos. Os níveis de base fortes encorajarão as entregas dos fazendeiros aos elevadores, não as entregas contra o futuro”, diz Linneman.
"O mercado da soja esteve em dia de movimentos positivos, com apelo em clima, financeiro, China, óleo e especulações positivas e pode tentar furar os US$ 15,00. Ainda não conseguiu, mas pode tentar novamente nesta quinta-feira, quando começa a reunião do clima nos EUA, onde Biden vai trazer apoio importante ao aumento do uso de combustíveis renováveis para reduzir o aquecimento global frente a uma primavera gelada no hemisfério norte", conclui o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
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