AgResource Brasil faz novo corte na safra de soja e indica produção em 125,04 milhões de toneladas
A AgResource Brasil, filial da empresa norte-americana AgResource Company, revisou novamente a projeção de produção de soja no Brasil e fez um corte de 6 milhões de toneladas, ou de 4,5%, em comparação com os dados divulgados no início de janeiro. Agora, a safra é indicada em 125,04 milhões de toneladas, ante 131,04 milhões de toneladas.
Essa queda ainda é reflexo da forte seca registrada no Sul do Brasil e no sul de Mato Grosso do Sul. O número também é expressivamente menor que a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 140,4 milhões de toneladas, e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indica uma safra brasileira de 139 milhões de toneladas.
“Apesar do baixo volume de chuvas recentemente, o calor continua e os estragos nas lavouras em função do estágio fenológico das culturas já estavam consolidados, comenta o diretor da AgResource Brasil, Raphael Mandarino. Com isso, a expectativa é que os preços da oleaginosa continuem o movimento de alta. Na última semana, as cotações futuras da oleaginosa na Bolsa de Chicago acumularam elevação de 4,8% no contrato de março/22.
Mandarino ressalta que o mercado já consolidou as perdas no Brasil e as projeções de safra entre 130 a 135 milhões de toneladas indicadas em janeiro. “Agora, o mercado irá precificar os números abaixo dos 130 milhões de toneladas, trazendo as cotações para patamares superiores.”
Milho
A AgResource Brasil também realizou uma nova redução na safra de milho verão, que caiu de 23,75 milhões de toneladas na estimativa de janeiro para 19,91 milhões de toneladas. O recuo é de 3,84 milhões de toneladas na comparação mensal, ou de 16,1%.
Já a segunda safra de milho, assim como a terceira safra foram mantidas em 85,13 milhões de toneladas e 1,77 milhão de toneladas, respectivamente. Com isso, a produção total de milho no Brasil projetada pela AgResource Brasil é de 106,82 milhões de toneladas.
“Estamos verificando os preços caminhando para o lado da paridade de importação desde a virada do ano. Agora, as praças que ainda não precificaram para níveis justos (quando comparado o basis em relação ao preço referência) deverão ver estas altas nas ofertas de compra na porteira da fazenda”, finaliza Mandarino.
0 comentário
Soja termina com preços estáveis no mercado brasileiro, com pressão de Chicago, mas suporte do dólar
USDA informa mais uma venda de soja para a China nesta 6ª feira (19) em dia de novo leilão
Chinesa Sinograin vende um terço da soja ofertada em leilão, diz Mysteel
Soja segue lateralizada em Chicago nesta 6ª feira, ainda reagindo a cenários já conhecidos
Apesar de novas baixas em Chicago, preços da soja se mantêm no Brasil com dólar ainda alto
Soja: Preços cedem em Chicago, com falta de novidades e pressionada pelo óleo nesta 5ª feira