USDA informa venda de 129 mil t de soja para a China e mercado em Chicago monitora demanda
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O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou a venda de 129 mil toneladas de soja para China nesta segunda-feira (31). Do volume total, 66 mil toneladas são da safra 2021/22 e 63 mil da 2022/23.
Todas as vendas feitas no mesmo dia, para o mesmo destino e com volume igual ou maior do que 100 mil toneladas devem sempre ser informadas ao departamento.
A China vem buscando mais soja norte-americana nas últimas semanas, buscando garantir a recomposição de seus estoques. Segundo analistas e consultores de mercado, a nação asiática estaria bem coberta para os meses de fevereiro e março, tendo que comprar de 25 a 30 milhões de toneladas para o intervalo de abril a junho.
Todavia, as margens de esmagamento chinesas estão bem ruins neste momento - em partes por conta do mau momento da suinocultura - o que deixa as compras mais contidas, acontecendo em um ritmo mais cadenciado, e "da mão para a boca", como diz o jargão do mercado.
"A China vem comprando soja americana para embarques a partir de agosto. As margens de esmagamento na China estão negativas para o produto dos EUA nos embarques curtos", explica a Agrinvest Commodities.
Além disso, os compradores chineses também têm olhado mais para o mercado dos EUA agora diante das quebras sofridas nos países produtores da América do Sul, de onde sai mais de um terço da oferta global da oleaginosa.
"Os players e os grandes investidores - como os index funds e os fundos de investimentos -, sabem perfeitamente que cada grão não embarcado pela América do Sul, inevitavelmente, terá que ser embarcado pelos americanos", explica Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro.
E esta demanda se intensificando pela soja norte-americana tem sido um dos combustíveis das recentes e fortes altas da soja na Bolsa de Chicago. Na manhã desta segunda-feira, os futuros da oleaginosa testaram os US$ 15,00 por bushel, chegando aos US$ 15,01 na máxima da sessão até o fechamento desta nota.
No início da tarde desta segunda, os futuros da oleaginosa subiam de 7,25 a 10 pontos nos principais contratos, com o maio sendo cotado a US$ 14,83 por bushel. Ainda segundo a Agrinvest, a realização de lucros do óleo de soja e do trigo - que operavam em alta durante a manhã - provocaram essas perdas mais amenas entre os preços da soja em Chicago.
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