Soja: Mercado no BR tem início de semana sem negócios diante de novas baixas em Chicago

Publicado em 02/08/2022 17:29

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Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registraram mais uma sessão de baixas expressivas nesta terça-feira (14) terminando o dia com perdas de 16,25 a 19,50 pontos nos principais contratos, levando o novembro a encerrar o pregão com US$ 13,86 e o janeiro a US$ 13,93 por bushel. Apesar das baixas, como explicou o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o mercado ainda tenta se segurar próximo dos US$ 14,00 à espera, principalmente, de mais definições sobre a nova safra dos Estados Unidos. 

As condições de clima no Corn Belt registraram ligeira melhora nos últimos dias, o que, inclusive, levou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) a promover um leve aumento no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições no país em seu reporte semanal desta segunda-feira (1), o que ajuda a pressionar o mercado e o que é também um sinal importante para o produtor brasileiro. 

"Passando essa fase desse mês de agosto, quando entrar em setembro a fase americana vai se definindo. E se não tivermos problemas aqui na América do Sul, os bons momentos, o cavalinho encilhado, vão passando. Historicamente, os melhores meses de Chicago são entre julho e agosto, e os piores momentos são a partir do momento em que os americanos começam a embarcar, a partir de novembro", detalha Brandalizze. 

A ida de Nancy Pelosi a Taiwan ajudou a intensificar o nervosismo nos mercados todos. 

Dessa forma, a orientação é clara. "Não dá para deixar o trem passar. O mercado vai tentar se segurar de US$ 14,00 a US$ 14,50, acredito que vai se segurar um pouco, mas depois vem mais uma onda, uma pressãozinha de negócios, e assim não dá para deixar passar. O produtor vai chegar ao final do ano com um grande volume de soja, uma nova grande safra, e o mercado internacional acomodado", diz. 

Com novas perdas em Chicago e apesar da alta do dólar, os preços no mercado de balcão cederam no Brasil, sendo somente no Rio Grande do Sul uma perda de R$ 6,00 por saca, como relatou Brandalizze. Nas demais regiões os indicativos também caíram, com baixas de R$ 3,00 a R$ 5,00, sem novos negócios sendo registrados. "Os vendedores sumiram", disse. 

Nos portos, as referências têm variado de R$ 187,00 a R$ 190,00 por saca, a depender dos prazos de entrega e pagamento. Para a soja entregue em agosto e pagamento em janeiro, o mercado falou em R$ 194,00, ainda de acordo as informações levantadas pelo consultor. "O mercado caiu quase R$ 10,00 nos portos com essa onda externa de baixa e o dólar que ficou abaixo dos R$ 5,20 (nos últimos dias)", explica Brandalizze. 

BOLSA DE CHICAGO

Os traders seguem dando espaço às informações de clima dos EUA - que conta com melhores condições agora, especialmente de temperatura, mesmo que não de forma generalizada - e aos novos dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que aumentou ligeiramente o índice de lavouras de soja em boas condições no país em seu reporte desta segunda-feira. 

O índice passou de 59% para 60%, e superou as expectativas do mercado de 58%. Há um ano, o número era também de 60%. São ainda 29% dos campos em condições regulares, bem como 11% classificadas como ruins ou muito ruins. 79% das lavouras de soja estão em fase de florescimento, contra 64% da semana passada, 85% de 2021 e 80% de média plurianual. 44% dos campos se encontram em estágio de formação de vagens, enquanto eram 26% nba semana anterior, 56% no ano passado e 51% de média. 

No paralelo, segue o foco sobre a demanda e as relações entre China e Estados Unidos ameaçadas, além da manutenção da guerra entre Ucrânia e Rússia e do financeiro ainda enfrentando nebulosidade e incerteza.  

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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