Soja: Nova disparada do farelo em Chicago segue dando estímulo às cotações do grão em Chicago nesta 6ª
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A semana tem sido de destaque para o farelo de soja, que volta a subir forte na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (27). Os futuros do derivado subiam mais de 3% no início da tarde de hoje, por volta de 13h30 (horário de Brasília), com o dezembro sendo cotado a US$ 444,50 por tonelada curta, com ganho de 3,5%. No mesmo momento, os preços do grão sobem mais de 1% - de 18 a 19,50 pontos - com o novembro valendo US$ 12,97 e o maio, US$ 13,47 por bushel.
"Podemos dizer que neste final de ano o mercado pode sofrer um "apagão" de capacidade de processamento de soja. A Argentina não tem soja, o Brasil sazonalmente caminha para uma queda no processamento e os EUA estão em seu limite", explica a equipe da Agrinvest Commodities. "Um dos termômetros é o ritmo de crescimento do programa de exportação americano de farelo, muito acima da projeção do USDA".
Ainda no complexo soja sobem também os futuros do óleo, que acompanham não só o farelo e o grão, mas também as altas que se registram desde cedo para o petróleo. Tanto no brent, quanto no WTI, os ganhos passavam de 1,5%.
Além dos derivados, o que ganha espaço cada vez maior no horizonte dos traders é o clima irregular no Brasil. O tempo seco e quente no Centro-Norte do país, bem como o excesso de chuvas no Sul também mantêm os mercados em alerta, já que deixa o plantio ainda caminhando no ritmo em que poderia.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta, o agrometeorologista Luiz Renato Lazinski afirmou que o El Niño segue comprometendo o desenvolvimento da semeadura e, no médio prazo, sem mudanças esperadas para as chuvas. Além disso, o especialista ainda alertou para veranicos mais longos no Centro-Norte do país.
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