Exportação de soja do Brasil deve recuar quase pela metade em novembro, aponta Cargonave
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SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de soja do Brasil em novembro deverá recuar quase pela metade em novembro, de acordo com os dados da programação de navios mais recentes da agência marítima Cargonave, em meio a uma safra recorde da oleaginosa nos Estados Unidos, que está finalizando sua colheita.
Após o Brasil ter realizado uma intensa campanha de exportação no acumulado ao ano até outubro, embarcando 93,5 milhões de toneladas de soja, acima das 92,9 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, os embarques de novembro dão sinais de arrefecimento, conforme os dados, que devem ser atualizados nas próximas semanas.
A exportação de soja no acumulado do ano vinha crescendo mesmo contra um ano de exportações recordes em 2023, apesar de o maior produtor e exportador mundial ter colhido uma safra menor em 2024, por conta da seca.
A redução esperada em novembro acontece em meio a grandes safras nos EUA, que tinham colhido 94% da área total até domingo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O país da América do Norte é concorrente do Brasil no mercado global.
Em novembro, a exportação de soja do Brasil está projetada até o momento em 2,45 milhões de toneladas, queda de cerca de 45% na comparação com outubro. A redução apontada em relação ao mesmo período do ano passado é de 47%.
A exportação de milho do Brasil em novembro também deverá cair na comparação anual e mensal, para 4,2 milhões de toneladas, de acordo com a Cargonave. No mesmo mês do ano passado, o Brasil exportou quase 7 milhões de toneladas --2023 também foi um ano de embarques recordes para o cereal. Em outubro deste ano, eles somaram 5,66 milhões de toneladas, segundo a Cargonave.
As exportações brasileiras de milho deverão despencar este ano em relação a 2023, também por conta da redução na safra nacional, enquanto nos EUA a produção é grande.
Até novembro, são esperados 33,5 milhões de toneladas na exportação brasileira, contra volumes próximos de 50 milhões no mesmo período do ano passado, segundo a Cargonave.
Em 2023, o Brasil havia alcançado o posto de maior exportador mundial, colocação perdida em 2024 para os EUA, diante de uma grande safra no país norte-americano.
(Por Roberto Samora)
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