Soja intensifica baixas em Chicago nesta 5ª feira e perde mais de 1% na carona dos grãos, derivados e petróleo
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O mercado da soja intensificou suas perdas na Bolsa de Chicago na sessão desta quinta-feira (14) e, por volta de 14h20 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 12,75 e 14,25 pontos, levando inclusive o contrato janeiro a perder os US$ 10,00 por bushel, sendo cotado a US$ 9,93 por bushel. O maio tinha US$ 10,18, deixando pra trás os US$ 10,30 e os US$ 10,20/bu.
Os futuros do farelo e do óleo também trabalhavam em campo negativo, ajudando a pressionar os preços do grão. No paralelo, milho e trigo perdiam mais de 1% e as baixas serviam como mais um vetor de perda para os futuros da oleaginosa. Complementando o quadro de recuo, tanto o petróleo brent, quanto o WTI recuavam e ajudavam a pesar sobre as agrícolas, com os grãos cedendo mais de 1%. Em três sessões, os preços do trigo acumulam baixas de 10%.
Como explicam os analistas e consultores de mercado da Agrinvest Commodities, as inúmeras incertezas sobre a nova era que se desenha para os Estados Unidos no governo Donald Trump II tiram bastante força dos mercados. "Como será a política energética de Trump? Como será a política de biocombustíveis de Trump? Como será a relação com a China e com outros países? Todas essas questões continuam derrubando o petróleo, o óleo de soja e a soja", explicam os especialistas.
O mercado segue atuando em um cenário de fundamentos já conhecido, de finalização da colheita americana, bom desenvolvimento da safra brasileira e o comportamento da demanda chinesa. Do mesmo modo, há atenções também sobre o financeiro, em especial o comportamento do dólar.
No Brasil, a moeda americana já testou os dois lados da tabela, mas mesmo quando recua não se distancia muito dos R$ 5,80. Perto de 14h55 (Brasília), a divisa tinha uma pequena baixa de 0,02% para valer R$ 5,79.
Ainda na análise da Agrinvest as grandes mudanças que o governo Trump fará têm espaço grande no radar e precisam ser acompanhadas bem de perto. Além disso, "a safra da América do Sul vai ser grande, a Argentina continua vendendo farelo ladeira abaixo, a China não vai conseguir chegar a sua meta de crescimento de 5% e a espiral deflacionária continua, ao passo em que as crushers chinesas não querem comprar o embarque janeiro nos EUA".
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