Soja cai mais de 1% em Chicago nesta 4ª feira, pressionada por baixas dos derivados e alta do dólar
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Os futuros da soja caem mais de 1% na Bolsa de Chicago no prgão desta quarta-feira (18), renovando suas mínimas em meses. Os contratos mais negociados, por volta de 11h10 (horário de Brasília), recuavam entre 12,75 e 15,50 pontos, com o janeiro valendo US$ 9,64 e o maio, US$ 9,72 por bushel.
Os preços do grão acompanham baixas fortes que se dão nos derivados, lideradas pelo óleo, com mais de 2,5% entre as posições principais. Assim, o janeiro tinha 39,47 e o março, 39,85 centavos de dólar por libra-peso. No farelo, as perdas passavam de 1% e também pesavam sobre as cotações da soja.
"A queda está associada a dois fatores: 1) a safra grande no Brasil e a desvalorização do real; 2) a queda do crush nos EUA em novembro foi um sinal claro de que sem a extensão dos incentivos 40A e 45Z, a demanda por soja pode ser menor. O Congresso americano propôs, dentro da Farm Bill, a inclusão do E15, mas não os programas de biodiesel. Sem os incentivos, os programas americanos não param de pé", afirma o analista do complexo soja, Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
E no Brasil, o dólar continua subindo. Perto de 11h30 (Brasília), a moeda americana registrava mais de 0,8% de alta, valendo R$ 6,13. A desvalorização da divisa brasileira mantém a soja nacional mais competitiva, em um cenário de possível safra recorde e a maior da história da sojicultura global, orbitando na casa dos 170 milhões de toneladas.
Ainda nesta quarta, os mercados estão atentos também à decisão do Federal Reserve sobre o futuro dos juros nos EUA, o que é mais um fator de pressão sobre as cotações da soja na CBOT.
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Aos poucos, entra no radar dos traders a iminência do início efetivo da colheita brasileira da soja 2024/25. Embora com números ainda bastante tímidas e apenas em áreas de pivô - como tradicionalmente acontece - os trabalhos para começar a retirar esta safra do campo já foram iniciados na região de Querência, em Mato Grosso, maior estado produtor da oleaginosa no Brasil. A tendência agora é de que estes relatos comecem agora a se intensificar.
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