COFCO da China comprometida com moratória de compra de soja do Brasil
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(Reuters) - A trading estatal chinesa de grãos COFCO está comprometida com a moratória de compra de soja do Brasil, disse Allan Virtanen, diretor global de comunicações e sustentabilidade da empresa, na sexta-feira, apesar da pressão de agricultores locais para torná-la menos rigorosa.
Virtanen estava falando em uma entrevista coletiva e não quis fazer mais comentários.
A moratória da soja é um compromisso voluntário dos comerciantes globais de grãos de não comprar soja cultivada em áreas de desmatamento na Amazônia depois de 2008.
A COFCO, uma das maiores exportadoras de grãos do Brasil, embarcou 17 milhões de toneladas de soja e milho do país sul-americano em 2024.
Sergio Ferreira, diretor de operações da COFCO no Brasil, disse a repórteres que a empresa espera enviar 18 milhões de toneladas de ambos os grãos do país em 2025.
Isso não leva em conta uma possível guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o que poderia transferir mais negócios para o Brasil, disse ele à Reuters durante a entrevista coletiva.
Cerca de 80% das exportações de grãos da COFCO do Brasil vão para a China, disse ele.
Os executivos não puderam confirmar imediatamente quantos grãos são originários e exportados dos Estados Unidos, um dos principais rivais do Brasil nos mercados globais de grãos, junto com a Argentina.
Eles confirmaram, no entanto, que a maior parte dos grãos exportados pela COFCO são do Brasil.
Ferreira disse que a COFCO está a caminho de começar a operar um novo terminal de grãos no Porto de Santos, em São Paulo, em abril.
O novo terminal, chamado STS11, movimentará 14,5 milhões de toneladas de commodities, incluindo soja, milho, açúcar e farelo de soja por ano quando estiver totalmente operacional em 2026. A empresa está investindo US$ 285 milhões para construí-lo.
Refletindo a importância do Brasil para os negócios de commodities da empresa, o STS11 será o maior terminal portuário de exportação da COFCO no mundo, disseram os executivos.
Reportagem de Ana Mano; Edição de Rod Nickel e Barbara Lewis
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