Soja: Prêmios continuam subindo no Brasil, enquanto Chicago segue de lado à espera do USDA
O mercado da soja caminha de lado na sessão desta terça-feira (11) na Bolsa de Chicago, à espera do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que chega na tarde de hoje. As cotações trabalham com estabilidade e, perto de 11h10 (horário de Brasília), subiam de 0,50 a 1,50 ponto nos contratos mais negociados. Assim, o maio tinha US$ 10,66 e o julho, US$ 10,81 por bushel.
As expectativas indicam que o boletim venha com mudanças mais contidas do que o último, mas ainda assim sinalizando cortes nos estoques finais de soja tanto mundiais, quanto dos EUA. São esperados ajustes também nas safras da América do Sul, com diminuição para Argentina e leve alta na do Brasil, apesar dos problemas de clima que alguns estados ainda apresentam, em especial com o calor intenso no Rio Grande do Sul.
Ao mesmo tempo, as condições sul-americanas de clima e o impacto deste cenário para a conclusão das safras por aqui continuam a ser monitoradas pelos traders, já que além das perdas, o atraso da chegada da nova oferta brasileira ao mercado também preocupa e já promove uma disparada dos prêmios no país.
"Os prêmios da soja continuam subindo, mesmo com a CBOT firme. O prêmio março subiu 50 centavos por bushel em relação às mínimas do dia 16 de janeiro, enquanto o flat price subiu 70 cents. A alta dos prêmios está muito concentrada no embarque março, efeito dos atrasos e não de aumento de demanda ou quebra de safra. Na China, o efeito é de escassez", explica Eduardo Vanin, analista do complexo soja da Agrinvest Commodities.
Vanin complementa dizendo que essa soja será, de qualquer maneira, embarcada, todavia, redirecionada para outros meses, como abril e maio, onde poderá haver uma concentração maior de oferta. "Nas minhas contas, o Brasil perdeu 1,8 milhão de toneladas de embarques em janeiro e, provavelmente, vai perder de 1,2 a 1,5 milhão de toneladas em fevereiro.
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