Commodities têm alta generalizada nesta 4ª feira e soja sobe mais de 1% na Bolsa de Chicago
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a subir forte nesta tarde de quarta-feira (5), depois de já terem testado pequenas baixas na sessão de hoje. Perto 14h20 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 8 e 12,75 pontos nos principais vencimentos, com o maio valendo US$ 10,09 por bushel, enquanto o julho tinha US$ 10,23.
O mercado voltava a acompanhar os mercados vizinhos - em especial o miho, que subia mais de 1%, e o trigo, com mais de 2% - em um movimento generalizado de alta para as commodities agrícolas. Os preços foram duramente pressionados nos últimos dias pelas notícias sobre a guerra comercial entre os EUA, China, Canadá e México, e agora encontram espaço para uma recomposição de posições, com os fundos voltando à ponta compradora dos negócios.
Depois das tarifas e contra-tarifas anunciadas entre segunda (3) e terça-feira (4), nesta quarta os traders acompanham as notícias de que Donald Trump, presidente americano, caminha para sessões de negociações, em especial, com o primeiro ministro canadense Justin Trudeau, e com a presidente mexicana Claudia Sheinbaum. O presidente da China, Xi Jinping, deixou aberto o caminho para o diálogo com o líder americano, porém, este caminho é um pouco mais nebuloso para o mercado.
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"As tarifas americanas e as retaliações da China, do Canadá e do México podem redesenhar os fluxos comerciais globais nos próximos meses. Para o Brasil, o cenário pode ser positivo no curto prazo, mas exige cautela diante das oscilações no câmbio e no mercado de fretes", afirma a analista de mercado Marta Guimarães, da Royal Rural.
Ainda nesta quarta, apesar de os olhos do mercado estarem voltados para os efeitos da nova fase da guerra comercial, estão atentos ainda ao comportamento dos derivados de soja na CBOT. Na tarde hoje, o farelo subia quase 1%, enquanto o óleo perdia pouco mais de 0,4%, mantendo o mercado do grão atuando com certa cautela.
No mesmo momento, o dólar index recuava expressivos 1,3%, voltando a operar na casa dos 104 pontos, o que ajudava na recuperação das commodities agrícolas nas bolsas internacionais. Frente ao real, a moeda americana perdia quase 2%, voltando aos R$ 5,80.
Entre as soft commodities negociadas na Bolsa de Nova York, por exemplo, os futuros do café tinham mais de 2% de alta - já tendo testado ganhos de até 4% somente hoje. O cobre era o destaque entre as metálicas, com um avanço de quase 5% nesta tarde de hoje.
Quem caminha na contramão das commodities é o petróleo, que vem intensificando suas baixas tanto entre as cotações do brent, quanto do WTI. No brent, as perdas, perto de 14h40 (Brasília), as perdas eram de 2,8%, para US$ 69,08 por barril.
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