Soja: Prêmios cedem no Brasil diante de bom volume de negócios nos últimos dias
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O mercado da soja segue caminhando de lado na Bolsa de Chicago no pregão desta quarta-feira (9), mesmo diante da escalada da guerra comercial entre China e Estados Unidos, e mantendo-se ainda em campo positivo. Perto de 13h50 (horário de Brasília), os futuros da soja subiam de 0,25 a 2,25 pontos nos principais vencimentos. O maio tinha US$ 9,92 e o agosto, US$ 9,98 por bushel.
Ainda na CBOT, o mercado do farelo continua subindo, registrando ganhos de mais de 1%, ainda encontrando suporte em seus fundamentos, com projeções de um menor esmagamento na Argentina. Nesta semana, a Vicentim, uma das maiores e mais tradicionais processadoras de soja do país, anunciou a paralisação de suas atividades e deu espaço aos ganhos do derivado.
Na outra ponta, os futuros do óleo de soja continuam caindo e atuam como um limitador para os ganhos do grão em Chicago. A despencada do petróleo - que chegou a passar de 6% ao longo do dia hoje tanto no brent, quanto no WTI, pesa sobre o mercado não só de óleo de soja, mas no mercado global de óleos vegetais.
No Brasil, as atenções seguem para os prêmios. Os indicadores continuam positivos, fortes, mas recuaram nos últimos dias.
"Os prêmios da soja, na semana passada, subiram forte. As tarifas recíprocas acabaram puxando os prêmios. O rally do câmbio chamou o produtor para a venda no milho e na soja. O farmer selling foi muito forte na semana passada e, nesta semana, continua forte, tanto para a safra velha, quanto para a safra nova. Assim, os prêmios já caíram 40 centavos na semana para a velha e 30 para a nova", informou a equipe da Agrinvest Commodities.
Nesta quarta, o dólar também tem um dia de forte volatilidade e operando acima dos R$ 6,00 desde a abertura dos negócios.
Para a soja brasileira, o desdobramento das tarifas, apesar dos sustos dados pelo mercado em Chicago, pouco impactam. Afinal, a China tem concentrado sua demanda no mercado brasileiro, como explica o analista de mercado e diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira. A nação asiática, inclusive, embarcou um volume recorde de produto já no primeiro trimestre do ano no mercado nacional.
"Para a nossa soja o aumento de tarifa não muda nada na prática. Mas, vale ressaltar que fomenta a relação comercial com o Brasil, aumentando a dependência da China pelo nosso grão", complementa Pereira.
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