Soja fecha em alta na CBOT apoiada no avanço do farelo e na área menor esperada para os EUA
O mercado da soja fechou em alta na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (22). Os preços da oleaginosa trabalharam o dia todo acompanhando os ganhos entre os futuros do farelo e do óleo e, assim, concluiu os dias com altas mais intensas nos contratos mais curtos. O maio subiu 6,50 pontos, para US$ 10,36, enquanto o ganho do agosto foi de 2,75 pontos, para US$ 10,40 por bushel.
O farelo continuou subindo, mas diminui o ritmo das altas - o que também arrefeceu os ganhos do grão - com os traders atentos às ofertas dos EUA e da Argentina, principalmente. "Produtores americanos estão segurando a safra velha, fortalecendo os basis internos. Correndo por fora é a redução da oferta de lysina no mercado americano", explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
De outro lado, o óleo inverteu o sinal e fechou no vermelho, também limitando as altas da soja em grão na CBOT. Os futuros do derivado terminaram o dia com perdas de pouco mais de 0,5% entre os principais contratos.
Do mesmo modo, o mercado acompanha o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos, ainda de olho nos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou nesta segunda-feira (21), os quais vieram acima das expectativas do mercado.
Até este domingo (20), o plantio da soja havia sido concluído em 8% da área, contra 7% da expectativa do mercado, 2% da semana anterior e bem a frente da média, de 5%.
No entanto, ainda de acordo com a Agrinvest, a soja ainda encontra espaço de sustentação na expectativa de uma área menor de plantio nos EUA.
"Até a semana passada, os modelos climáticos mostravam chuvas acima da média nas áreas de milho, o que poderia atrasar o plantio, forçando alguns produtores a migrarem para a soja devido a perda da janela ideal. Contudo, os modelos dessa semana reduziram este risco", informa a consultoria.
Os mapas climáticos da NOAA, a agência oficial de clima do governo norte-americano, para os próximos 8 a 14 dias apontam para chuvas acima da média em regiões mais restritas do que os mapas da última semana.

No mesmo período, que contabiliza o período de 30 de abril a 6 de maio, além das chuvas acima da média no centro sul dos EUA, as temperaturas também poderão ficar acima da média, como mostra a imagem abaixo.

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