Sem soja na mesa de negociação China x EUA, mercado intensifica baixas em Chicago nesta 4ª
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"Grande frustração. Essa é a expressão para o programa americano de exportação. Zero sinal de que a China voltará a comprar soja nos EUA", afirma a equipe da Agrinvest Commodities, ajudando a justificar parte das baixas que os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registram no início da tarde desta quarta-feira (30). Perto de 12h40 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 8,25 a 8,75 pontos, com o setembro valendo US$ 9,80 e o novembro, US$ 10,00 por bushel.
Ainda de acordo com os analistas e consultores, o terceiro encontro das delegações chinesa e americana, realizado em Estocolmo nesta semana, foi finalizado sem tratar da oleaginosa. E não só a soja, mas os produtos agrícolas em geral. A decisão central - e talvez a menos impactante neste momento - foi de que a a trégua tarifária entre as duas maiores economias do mundo vai continuar.
"As tarifas continuam como estão. Sobre a soja americana a tarifa é de 13%. Sem a China, o USDA vai ter que continuar revisando para baixo suas estimativas de exportação", complementa a Agrinvest Commodities.
Enquanto isso, os prêmios no Brasil seguem testando os melhores momentos do ano comercial, motivando ao menos uma garantia de estabilidade à formação das cotações no mercado nacional.
Ademais, os traders já absorveram as notícias que estão postas na mesa. A nova safra dos EUA deverá ser uma safra cheia, sem grandes ameaças até este momento e o clima no Meio-Oeste americano continua favorecendo o desenvolvimento das lavouras. Agosto é um mês importante para a definição da produtividade da oleaginosa no país e os mapas climáticos, portanto, deverão permanecer no radar. Até aqui, porém, não há grandes preocupações.
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