Soja volta a subir em Chicago com clima seco na Argentina
O suporte para o mercado vem de alguns fatos já tidos como "velhos", como o clima seco na Argentina e a firme demanda para exportação, principalmente por parte da China.
A estiagem na Argentina - terceiro maior produtor mundial da oleaginosa - está promovendo entre praticamente todos os agentes uma estimativa de redução na oferta de soja, fato que oferece sustentação ao mercado.
Paralelamente, hoje o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou a venda de 110 mil toneladas de soja da safra 11/12.
No ano passado, o fluxo de vendas da safra nova dos EUA, especialmente para a China, iniciou e registrou forte ritmo em período anterior ao normal até então.
No ano-safra atual, este quadro ocorre novamente e, desta vez antecipa-se ainda mais.
De acordo com os dados do USDA (somando-se as 110 mil t reportadas hoje), os EUA venderam 996 mil toneladas da commodity safra 11/12.
Nos anos-safra anteriores, o maior volume já comercializado na segunda semana de dezembro fora de 295 mil toneladas em 2003.
Veja abaixo um gráfico com as vendas externas de soja dos EUA safra 11/12:
Os números confirmam a tendência de que a demanda chinesa continuará firme e crescente.
O analista de mercado da XP Agro, Ricardo Lorenzet, explica que o mercado volátil continua no curto prazo tende a permanecer e a cautela com o cenário externo continua. "Mas o mercado definitivamente não tem porque cair sem uma percepção clara sobre o volume de oferta na América do Sul", diz o analista.