Soja: Consultores já prevêem queda na produção argetina
"Se a situação climática não se modificar, a soja estará em má situação. Primeiro, porque com essa falta de água será difícil semear a soja de segunda safra. Segundo porque com a falta de umidade também foi atrasado o plantio da primeira safra e isso pode significar importantes perdas de produtividade por hectare", disse Ernesto Ambrosetti, economista do Instituto de Estudios Económicos de la Rural.
"Há pereocupação pela falta de água pois há soja da safra que é plantada após o trigo e que não pode ser semeada por conta da falta de chuvas em várias áreas. O que já está plantado está aguentando, porém, esperamos mais chuvas", analisou César Rebella, do Instituto de Clima del INTA Castelar.
"Estamos entrando em um período crítico, quando os cultivos têm uma necessidade maior de água. Se a falta de chuvas permanecer, poderá haver impacto nos rendimentos e no solo para a soja da safra pós trigo", disse o especialista.
Nem mesmo as poucas chuvas que caíram nos últimos dias em algumas regiões foram capazes
de melhorar o panorama climático no país. Diante deste quadro, a consultoria alemã Oil World reduziu sua estimativa para a safra 10/11 de soja de 52 para algo em torno de 43 a 48 milhões de toneladas.
Entretanto, para Gustavo López, da consultoria Agritrend, "o relatório da Oil World não é razoável. Com esse cenário climático pode haver uma queda importante da colheita, mas acredito que ficaremos perto dos 48 ou 49 milhões de toneladas".
Com informações do La Nacion