Soja encerra em queda na CBOT por conta de chuvas na Argentina
O que tem dado bastante sustentação às cotações é o clima seco na América do Sul, principalmente em importantes áreas produtivas da Argentina.
Entretanto, a previsão de chuvas na nação sul-americana para esta semana pesam um pouco sobre os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago. Ontem, a queda ultrapassou os 20 pontos no fechamento do pregão.
Além disso, os traders estão diminuindo suas exposição ao risco antes da divulgação do relatório mensal de oferta e demanda de janeiro do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o que acontecerá no próximo dia 12.
Entretanto, apesar disso, consultorias, institutos de meteorologia, analistas e traders afirmam que essa não deve ser uma tendência e que os preços continuarão subindo, uma vez que o clima na Argentina deve permanecer seco e quente, prejudicando as lavouras.
Para o analista de mercado Ricardo Lorenzet, da XP Agro, o cenário climático no país é bastante similar ao visto em 2008.
"Continuo cauteloso com o cenário na Argentina. Modelos sinalizam o retorno do tempo seco na próxima semana. De qualquer forma, no curto prazo, chuvas por lá corroboram, juntamente ao quadro técnico e movimentação externa, como fator negativo ao mercado", explica Lorenzet.
Abaixo, confira dois mapas que apontam a volta do clima seco na próxima semana: